O fechamento da fábrica da Caoa Chery em Jacareí terminou com mais um impasse na reunião da empresa com o Ministério Público e sindicato dos trabalhadores de São José dos Campos e Região.
O Ministério Público do Trabalho fez uma proposta para a montadora, mas o sindicato é contra o que foi sugerido.
No encontro, o sindicato manteve firme a proposta de lay off por cinco meses e mais três meses de estabilidade para retorno da produção.
Contudo, a Caoa Chery argumentou que a fábrica ficará fechada por um longo período e que um layoff é, nesse caso, uma “fraude ao governo”.
A montadora disse que manter os funcionários com dinheiro público acarretaria “impedimento jurídico”.
Como não tem previsão para retomar a produção, a Caoa Chery vislumbra somente a demissão de 485 funcionários da produção e parte administrativa.
Já o sindicato refuta as alegações da empresa e diz que “o lay off é uma maneira dos trabalhadores tomarem fôlego e se prepararem para a recolocação no mercado de trabalho”.
Diante do impasse entre as partes, o Ministério Público do Trabalho propõe que a Caoa Chery aumente a indenização de 15 para 20 salários mínimos e inclua benefícios por 18 meses.
Nesse caso, a proposta do MPT é que no primeiro mês do plano de demissão, a rescisão indenizatória seja de 20 salários, reduzindo um salário a cada mês seguinte até atingir 15 salários, cinco meses depois.
Além disso, o MPT propôs a manutenção do plano de saúde, plano odontológico e também vale-refeição por um período de 18 meses, até que os empregados sejam realocados.
O Ministério Público do Trabalho sugeriu ainda que a montadora dê preferência aos ex-empregados em caso de retomada da produção em Jacareí.
A Caoa Chery analisará a proposta e deve decidir sobre a mesma na segunda (23). Enquanto isso, o sindicato promete manter a luta e buscar apoio na prefeitura de Jacareí e governo de São Paulo.
[Fonte: Auto Data]