A General Motors saiu quase que completamente da Europa em 2017, quando a montadora americana vendeu a alemã Opel e a inglesa Vauxhall, associada com a germânica.
Antes, a marca Chevrolet havia sido cortada do velho continente e uma operação de importação manteve alguns produtos da gravata dourada, assim como da Cadillac.
Longe da Europa, a GM reduziu sua área de atuação também no Sudeste Asiático, Índia e Austrália, restando apenas as Américas, China, Coreia do Sul, Oriente Médio e África.
Agora, com os carros elétricos, a GM vê uma oportunidade de retornar à Europa e aproveitando a aceleração desse segmento por lá.
Mary Barra, CEO da GM, disse em uma conferência em Los Angeles: “Cerca de cinco anos atrás, vendemos nosso negócio Opel para o que é agora Stellantis e não temos nenhum remorso de vendedor de um negócio de combustão interna”.
Barra comentou: “Mas estamos olhando para a oportunidade de crescimento que temos agora, porque podemos voltar a entrar na Europa como um jogador [de carros elétricos]. Estou ansiosa por isso.”
As taxas de crescimento dos carros elétricos na Europa superam às da China e estão anos-luz de distância do que é visto atualmente no mercado americano.
Como maior região do mundo para se vender carros elétricos no momento, parece ilógico a GM ter um portfólio com 30 modelos até 2025 e não vender sequer um no velho continente.
Ainda assim, a posição da GM em 2017, de defender sua saída, tida como a escolha certa, pode influenciar ainda o mercado europeu.
A GM praticamente comemorou sua decisão de 2017 com um comentário de Barra sobre a situação atual na Europa: “As condições específicas na Europa agora, não estamos enfrentando”.
O jornal Detroit Free Press menciona que Barra observou a presença mínima na Europa como uma “benção”, dado o alto preço da gasolina, matérias-primas caras e a guerra na Ucrânia.
Voltar, contudo, pode não ser tão fácil quanto antes, visto que os principais players possuem fábricas na região e pode haver algum sentimento contrário devido sua saída.
[Fonte: Detroit Free Press]