Assim como a Ford, a GM desistiu do mercado indiano e colocou à venda sua estrutura local, o que imediatamente chamou a atenção dos chineses.
Nesse caso, quem se apresentou para o negócio foi a Great Wall Motor, interessada em rapidamente iniciar a produção de carros no país asiático.
O acordo foi fechado em janeiro de 2020, porém, o processo se arrastou até agora, porque Nova Déli endureceu a postura para investimentos provenientes da China.
Como se sabe, Índia e China possuem questões diplomáticas não resolvidas e uma vê a outra como rival, atrapalhando a chegada de marcas chinesas ao mercado indiano.
Querendo pagar US$ 300 milhões pela fábrica, a Great Wall viu o prazo do acordo expirar duas vezes e agora a GM definitivamente cancelou o acordo.
George Svigos, diretor-executivo de comunicações da GM International, disse: “Não conseguimos obter as aprovações necessárias dentro do prazo do acordo”.
Ou seja, não foi por má vontade da GM e sim de Nova Déli, que vem cortando muitos investimentos chineses no país.
Recentemente, o governo da Índia baniu mais de 300 aplicativos chineses, incluindo o Tik Tok, sob alegação de risco à segurança nacional.
No caso da GM, a montadora americana ainda se mantém otimista em relação à fábrica.
Svigos comentou: “Nossa estratégia na Índia permanece inalterada e agora vamos explorar mais opções para a venda do terreno e espera alcançar um preço que reflita o valor do ativo”.
Já a Great Wall não parece disposta a desistir da Índia, apesar da posição do governo local.
Em nota, a GWM disse: “A Great Wall Motor manterá sua atenção no mercado indiano no futuro e continuará procurando novas oportunidades”.
A montadora chinesa iria aplicar US$ 1 bilhão para produzir carros e criar uma estrutura comercial no país, além de adquirir a planta da GM.
Contudo, diante da recusa indiana em liberar sua entrada no país, a GWM redirecionou o investimento para o Brasil.
[Fonte: Auto News]