O governo brasileiro implementará medidas para reduzir o preço dos veículos mais baratos. A iniciativa se aplica a veículos com preço final de até R$ 120 mil. Os descontos variarão de 1,5% a 10,96% e serão baseados em três critérios: valor atual do veículo (quanto mais barato, maior o desconto tributário), emissão de poluentes (maior desconto para motores e processos produtivos mais limpos) e cadeia de produção (maior desconto para peças e acessórios produzidos no Brasil). Atualmente, o preço inicial de um carro zero é de cerca de R$ 68 mil. O governo também está considerando permitir a venda direta de carros para pessoas físicas.
O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que os descontos serão maiores para carros menores e mais acessíveis. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, mencionou a possibilidade de preços abaixo de R$ 60 mil.
O Ministério da Fazenda terá 15 dias para ajustar a decisão às regras fiscais, considerando a perda de arrecadação e definindo a compensação no orçamento. A medida é temporária e visa estimular o setor automotivo, que atualmente enfrenta dificuldades e tem uma capacidade ociosa de 50%.
Um desafio adicional são os juros altos cobrados nos financiamentos de carros, que são superiores à taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75%. De acordo com o Banco Central, a taxa média dos bancos para essa linha de crédito foi de 28,6% ao ano em março.
Fonte: g1.globo.com
