Enquanto a Caoa Chery encerra a produção em Jacareí, a Renault a mantém parada em São José dos Pinhais, mas por outro motivo, uma greve dos funcionários, que já dura dez dias.
Segundo a montadora, que busca acordo junto ao sindicato para um reajuste no PPR – Programa de Participação dos Resultados – o complexo Ayrton Senna deixou de produzir 5 mil carros e 6,8 mil motores no período de paralisação.
Nesta segunda, a Renault fez nova proposta para os trabalhadores, mas em assembleia, a mesma foi rejeitada e a greve continua. A discordância é em relação à garantia de no mínimo R$ 22,3 mil de PPR sem vínculo com metas de produção.
A Renault até concorda em pagar o PPR proposto, mas somente diante da meta de atingir em 2022, a produção de 198,5 mil unidades.
Por ora, segue a negociação entre montadora e sindicato quanto à questão da meta. O sindicato fala em perda de renda de 25% para os trabalhadores e também relembra a demissão de dois mil empregados, reduzindo o quadro para 5 mil pessoas no complexo.
Já a Renault, em relação à produção paranaense, revelou recentemente a fabricação de um novo SUV – que se suspeita ser uma variante do Dacia Stepway – com a plataforma modular CMF-B e motor 1.0 TCe, ou seja, turbinado como na Europa, porém, flex.
Com quatro fábricas separadas, o complexo Ayrton Senna tem enorme capacidade de produção de carros e motores, mas trabalha em ritmo muito abaixo da capacidade devido à queda nas vendas, pandemia e crise dos chips.
Diante da recente paralisação, não programada pela montadora, as vendas da marca deverão cair em maio e com reflexo em junho. Na unidade, são feitos os modelos Kwid, Sandero, Logan, Stepway, Duster, Captur, Oroch e Master.
Kwid e Oroch foram atualizados recentemente, enquanto a Master avança no ranking de vendas nos comerciais leves.
[Fonte: Automotive Business]