A moto Vespa surgiu como um dos muitos produtos oriundos da Itália do pós-guerra, que em ruínas pelos intensos bombardeios, precisava reorganizar sua economia e assim necessitava de veículos pequenos e versáteis.
O nome surgiu a partir de uma motoneta da italiana Piaggio, criada por Enrico Piaggio e Corradino D’Ascanio. Quando pronta, em 1946, Piaggio comentou que ela parecia uma Vespa.
Ainda assim, a inspiração veio mesmo dos aviões que eram feitos pela empresa antes e durante a Segunda Guerra, porém, naquele momento, a fábrica estava destruída por bombardeios.
Criada ainda durante o conflito, mas apenas como um protótipo, a Vespa se tornou um sucesso rápido após o lançamento e as vendas decolaram.
Pequena, versátil e econômica, a motoneta italiana logo virou cult nas mãos de celebridades de Hollywood, dentro ou fora da Itália. Hoje ela concorre com Honda Elite ou Yamaha Fluo.
História
A Vespa tem uma longa história no mercado mundial de motos, com trajetória remontando a 1946, com o modelo Vespa 98. O modelo tinha visual bastante simples e com farol no para-lama dianteiro.
Com suspensão monobraço na frente e atrás, além do motor monocilíndrico de dois tempos, a 98 tinha banco simples para um condutor.
No mesmo ano, além de dois modelos de competição, a Vespa 98 ganhou a Série II e com ela um bagageiro atrás do banco único.
Após a Vespa 125 de competição, a versão de rua encerrou a produção da Vespa 98, mas a fabricante das motos Vespa, a Piaggio, lançou três modelos de competição.
Em 1951, o modelo ganhou fama internacional com o filme “A Princesa e o Plebeu”, com Audrey Hepburn e Gregory Peck, filmado em Roma.
Ganhou ainda uma versão chamada “Seis Dias” com tanque adicional e estepe colocado entre o banco e o escudo frontal.
Em 1955, a Vespa 125 recebeu um sidecar com para-brisa azulado. Logo depois, surge a versão GS com 8 cavalos no motor 2 tempos, tendo assim 150 cilindradas.
A Vespa era tão famosa nos anos 50, que até artistas de Hollywood possuíam exemplares do produto, que chegou a ter uma versão militar na França com um canhão de 75 mm…
Diferente de outras motonetas, a Vespa 400 é um microcarro que vendeu 30.000 exemplares.
A segunda geração (VNA2) surgiu em 1958 com as formas que ficaram famosas no Brasil, usando um chassi com duas chapas moldadas iguais.
O modelo Vespa 125 Dalì tinha estepe de lado na rabeta, além de protetores, enquanto a versão 50 tinha estepe no escudo.
Em 1966, a Vespa 90 Super Sprint tinha um tanque sobre o estepe central e um ano depois surgiu um conceito de helicóptero da Vespa Alpha.
A terceira geração, chamada Primavera, surgiu com motor de 125 cilindradas, ganhando a seguir a versão 180 Rally.
A Vespa 50 ganhou pedal de freio e outras inovações, enquanto a 180 ia ganhando cada vez mais espaço.
Então, em 1974 ela retornou à produção brasileira, anteriormente feita entre 1958 e 1964, com o modelo PX.
Com motor de 200 cilindradas em 2 tempos, a Vespa PX foi produzida até 1990, ganhou uma reestilização maior em 1985.
Vespa – novidades
Como um meio de transporte urbano numa época em que não haviam automóveis disponíveis, a Vespa rapidamente tornou a produção da Piaggio limitada e licenciada em vários países, inclusive o Brasil.
Aqui, a motoneta foi fabricada em duas gerações até os anos 90, mas é atualmente importado da Itália e vem em vários modelos, todos derivados do mesmo projeto.
A marca oferece os modelos: Classic VXL 150, SXL 150, 75 Anos, Club ZX 125, Notte 125 e Club 125.
Com preços bem elevados, a Vespa tornou-se um produto premium por aqui, mantendo as linhas básicas do projeto original, ou seja, preservando a elegância de suas linhas suaves.
Ela é oferecida com dois motores, sendo um de 125 cilindradas de quatro tempos com refrigeração a ar e três válvulas no cabeçote, tendo ainda sistema de ignição variável.
Esse propulsor entregava 9,5 cavalos a 7.250 rpm e 0,99 kgfm a 6.250 rpm, além de câmbio CVT com conversor de torque.
Depois da atualização pela legislação ambiental, foi para 10,7 cavalos a 7.700 rpm e 1,06 kgfm a 6.000 rpm.
Já o motor de 150 cilindradas com a mesma tecnologia, entregando 12,9 cavalos a 7.750 rpm e 1,30 kgfm a 6.500 rpm. Algumas versões têm 11,6 cavalos.
Com injeção eletrônica, ela pode ter tanto partida por pedal quanto elétrica, além de painel análogo-digital, farol de LED, lanterna em LED e rodas aro 10 ou 11 polegadas, entre outros.
Tendo suspensão monobraço na dianteira e traseira, como o modelo clássico, a Vespa pode ter disco de freio nas duas rodas ou simplesmente somente a tambor, mas ambos CBS ou ABS.
Porta-capacete, carregador USB e detalhes exclusivos de cada versão, chegando algumas com acessórios de fábrica.
Falando em acessórios, a gama tem bancos em couro, manoplas em couro, manetes de alumínio, bauleto, protetores de suspensão, rack dianteiro, para-brisa, rack traseiro retrátil, capa da moto, tapete de borracha e descanso lateral, entre outros.
A gama Vespa tem a linha de entrada 125 com os modelos Club, Club ZX e Notte, bem como os modelos de 150 cilindradas Classic VXL, SXL e 75 Anos.
Detalhes
A Vespa tem estilo baseado no modelo de 1967, o modelo Primavera, que chegou a ser produzido no Brasil nos anos 80. No portfólio atual, o modelo Club é o mais barato e simples, com motor de 125 cm³.
A Club 125 tem farol simples circular no corpo do guidão com painel analógico, tendo este velocímetro e nível de combustível, além de luzes-espia.
No escudo frontal, três entradas de ar e duas lentes de piscas simples. Logo abaixo, o para-lama dianteiro é alto e encobre parcialmente o monobraço articulado com amortecedor e mola.
A roda dianteira, de liga leve, tem freio a tambor com CBS e acabamento preto com pneu 90/100 R10.
O chassi monobloco de aço tem assoalho de três níveis com borrachas antiderrapantes e apoio de pé para o garupa.
Já o assento duplo tem chave para abrir e acessar o tanque de combustível e o porta-capacete com USB e iluminação do baú, tendo ainda alças de aço envolvente para o garupa.
A lanterna traseira é simples e tem piscas simples separados, enquanto o motor 125 fica alojado sob a carroceria, com monobraço traseiro com as correias do CVT cobertas.
O freio a tambor traseiro, assim como o dianteiro, tem sistema CBS, além de roda de liga leve aro 10 polegadas e pneu 90/100 R10.
Ela é oferecida nas cores Maze Grey e Yellow. Na Vespa Club ZX 125, o visual é o mesmo, mas com frisos e retrovisores cromados, assim como manetes de alumínio, acabamento do para-lama dianteiro e alça do assento cromados.
Na suspensão dianteira, a capa da suspensão é na cor da moto, tendo ainda os braços metalizados, assim como o amortecedor e a mola. O mesmo acabamento se apresenta no braço da suspensão traseira.
As rodas de liga leve aro 10 têm desenho diferente e na frente há um disco ventilado de freio, enquanto a traseira mantém o para-lama com acabamento preto e refletor, além de suporte de placa.
Oferecida nas cores Bianco, Rosso, Azzure Provenza e Amarillo, a Vespa Club ZX 125 tem tanque de 7,4 litros e partida por pedal ou elétrica, mesmos itens da Club 125.
Com pintura Nero, a Notte 125 tem acabamento geral preto-fosco com freios a tambor, sendo um modelo descolado por seu visual escurecido.
Na linha 150, a Vespa Classic VXL tem acabamento parcialmente cromado, com farol full LED, enquanto a roda dianteira em liga leve de cinco raios tem aro 11 polegadas com pneu 110/70 R11, tendo disco de freio ventilado com sistema ABS.
O modelo tem escape com silencioso tendo protetor cromado, enquanto a parte superior da carroceria, tem banco em couro caramelo e alça elevada para o garupa com acabamento cromado.
Já o painel é análogo-digital com velocímetro com ponteiro e display digital com hodômetros e nível de combustível. Atrás, o pneu tem 120/70 R10.
A Vespa Classic VXL 150 tem pintura em dois tons Azzure, Bianco, Nero, Rosso e Amarillo, com as duas últimas cores com o banco de couro preto.
No caso da SXL 150, o diferencial principal é o farol quadrado full LED, tendo moldura central diferenciada no escudo, enquanto o painel análogo-digital tem visual personalizado.
Ela tem ainda retrovisores retangulares cromados, bem como suspensão dianteira com amortecedor dotado de mola vermelha e o banco de couro com alça central.
Suas cores são Matt Black, Matt Red, White e Orange, todas com banco em couro na cor preta.
Por fim, o modelo mais caro e exclusivo é a Vespa 75 Anos, uma edição mais que especial, com para-brisa envolvente no guidão e moldura central do escudo personalizada.
O para-lama dianteiro tem grafismo 75 Anos, assim como nas laterais da carroceria traseira.
Na rabeta, há uma bolsa circular que lembra um estepe, sendo feita em couro e resistente à água. A cor exclusiva é a Ciallo 75th e há uma plaqueta metálica alusiva à edição.
A motoneta tem ainda uma caixa de boas-vindas que contém uma seleção de cartões-postais colecionáveis dos anos 40 até hoje.
Modelos
- Vespa Club 125
- Vespa Notte 125
- Vespa Club ZX 125
- Vespa Classic VXL 150
- Vespa SXL 150
- Vespa 75 Anos
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Equipamentos
Club 125 – Motor de 125 cm³ e câmbio CVT, mais partida em pedal e elétrica, painel simples, farol simples, rodas de liga leve aro 10 polegadas, pneus 90/100 R10, banco duplo retrátil, porta-capacete com iluminação e carregador USB.
Freios a tambor nas duas rodas com sistema CBS, escape com protetor, assoalho emborrachado, suspensões dianteira e traseira monobraço, detalhes pretos, alça para o garupa, entre outros.
Notte 125 – Itens acima, mais pintura preta e detalhes escurecidos.
Club ZX 125 – Itens da versão Club, mais freio dianteiro a disco com sistema ABS, detalhes cromados, retrovisores cromados, alça do garupa cromado, entre outros.
Classic VXL 150 – Itens acima, mais motor de 150 cm³, tendo farol full LED, alça cromada traseira elevada, banco em couro caramelo ou preto e cluster análogo-digital.
SXL 150 – Itens acima, mais farol full LED quadrado, retrovisores cromados quadrados, moldura dianteira exclusiva, amortecedor com mola vermelha e banco em couro duplo com alça.
75 Anos – Itens da VXL 150, mais pintura especial, para-brisa, bolsa traseira circular, caixa de boas-vindas com cartões postais e plaqueta comemorativa, plaqueta na carroceria e rodas escurecidas.
Preços
Qual é o preço da Vespa?
- Vespa Club 125 – R$ 23.609,60
- Vespa Notte 125 – R$ 24.440,00
- Vespa Club ZX 125 – R$ 25.494,00
- Vespa Classic VXL 150 – R$ 27.990,50
- Vespa SXL 150 – R$ 28.833,70
- Vespa 75 Anos – R$ 33.763,70
Vespa – motor
A Vespa tem dois motores disponíveis para seus modelos no Brasil, lembrando que ainda existe um propulsor de 50 cm³ na Europa, enquanto aqui se resume aos de 125 e 150 cm³.
O propulsor da Piaggio é um monocilíndrico de quatro tempos, refrigerado a ar com cabeçote em alumínio de três válvulas por cilindro, com duas de admissão e uma de escape.
Com injeção eletrônica de combustível e abastecido somente com gasolina, o seu motor tem escapamento com silencioso lateral, além de câmbio CVT com conversor de torque.
Tendo ventoinha de refrigeração, o propulsor tem partida a pedal ou elétrica, com 124,9 cm³ e 10,7 cavalos a 7.750 rpm e 1,06 kgfm a 6.000 rpm.
Já a versão de 154 cm³, dispõe de 12,9 cavalos a 7.750 rpm e 1,30 kgfm a 6.500 rpm. Trata-se de um motor com muitos anos de uso, mais precisamente desde 2013, sendo um propulsor bem eficiente em consumo.
Desempenho e consumo
Vespa 125 – O consumo médio é de 48 km/l com velocidade máxima de 91 km/h. O motor e o câmbio CVT garantem um bom desempenho urbano para a Vespa 125, contudo, trata-se de uma performance totalmente urbana.
Com 48 km/l de consumo médio, com seu tanque de 7,4 litros, garantindo autonomia de 355 km, o que é uma boa para um veículo tão pequeno.
Vespa 150 – O consumo é de 45 km/l e sua autonomia chega a 333 km, o que também é muito bom se comparado a outras scooters.
Qual a velocidade máxima da Vespa? A velocidade final é de 98 km/h, com aceleração um pouco melhor e garantindo agilidade no meio urbano.
Vespa – manutenção e revisão
A moto tem uma rede de assistência de 100 pontos no Brasil, com programa de revisão “Vespa Prime Service”, com pessoal técnico altamente profissional e padrão de pós-venda premium.
Com valores da Vespa Service Prime (Qualidade, Segurança, Confiabilidade e Respeito ao Meio Ambiente), a rede atende todos os modelos da marca no país.
A rede verifica diversos itens no veículo, incluindo bateria e parte elétrica, além de motor e câmbio.
Também são verificados itens de suspensão e freios, estado dos pneus e lubrificante do motor, além de lavagem e recall se houver.