
Fechada em setembro de 2021, meses após o encerramento instantâneo das operações da Ford em Camaçari e Taubaté, a fábrica da Troller virou um imbróglio no Ceará.
Tendo a montadora americana conseguido vender sua planta do Vale do Paraíba para o mesmo comprador da icônica fábrica de Taboão, no ABC, restaram as unidades de Camaçari e Horizonte.
Nesta última, a fábrica da Troller, negociações para a venda foram iniciadas quando ainda estava em operação, produzindo o jipe 4×4 da marca brasileira, comprada pela Ford em 2008.
Contudo, a Ford impôs a condição de apenas vender as instalações e não a marca e seus produtos, no caso o Troller T4.

Dessa forma, grupos interessados em adquirir a empresa simplesmente saíram do páreo e até hoje não há um comprador para o que sobrou da Troller.
Maia Jr., titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), comentou recentemente: “Já desisti (de tratar com a empresa). A Ford deu um nó para quem quiser adquirir a unidade. Não querem vender uma marca consolidada, as matrizes de produção e nem deixar produzir o jipe Troller”.
A proposta da Ford é que o comprador assuma a marca Troller, porém, não poderá usá-la em veículos, assim como não poderá utilizar o design do veículo e desenvolver um novo projeto de automóvel, mas sem fazer referência ao T4 ou a marca.

Maia Jr. acrescentou detalhes extras do negócio da Ford: “O comprador teria de inventar um novo, desenvolver um novo design. A matriz de fabricação, os moldes, eles não vão vender”.
Ainda assim, Maia Jr. aponta que ainda há terra firme no caminho de lama que se tornou a venda da Troller: “Estou trabalhando e negociando com duas montadoras”.
Enquanto isso, um impasse semelhante acontece na Bahia, onde o enorme complexo fabril de Camaçari continua com futuro incerto.
[Fonte: Focus]
















