A tarifa anunciada por Donald Trump na quarta-feira, 30, afeta diretamente as exportações brasileiras de caminhões acima de 5 toneladas, bem como as autopeças destinadas a veículos dessa categoria. Nesse caso, a alíquota de importação, que era de 10%, sobe para 50%.
Por outro lado, as autopeças destinadas a sedãs, SUVs, minivans, furgões de carga e caminhões leves — que já pagavam uma sobretaxa de 25% desde maio, em vez dos 10% anteriores — mantiveram essa tarifa. Conforme destacou o Sindipeças, houve uma inversão de prioridades.
A entidade ainda analisa as medidas do governo norte-americano para determinar os efeitos reais sobre o setor. Além disso, informa que é necessário aguardar a publicação de uma lista “código a código”, ainda não divulgada, para saber exatamente o que está incluído ou excluído da alíquota de 50%.
É certo que, desde maio, quando o imposto sobre autopeças brasileiras para veículos leves aumentou de 10% para 25%, as exportações para os Estados Unidos começaram a cair, conforme alertado pelo Sindipeças em seu último relatório sobre a balança comercial do setor.
As exportações de veículos, também segmentadas pelo antigo e novo tarifário de Trump, são quase inexistentes, o que não ocorre com os componentes destinados a esses produtos. Apenas atrás da Argentina, os Estados Unidos são o segundo maior destino das autopeças brasileiras.
No acumulado do primeiro semestre, as vendas para o mercado norte-americano alcançaram US$ 632,3 milhões, valor 4,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.















