Diversos atores do Sistema Indústria vão se unir ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para criar um portfólio unificado, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento tecnológico e a inovação nos setores industriais.
Essa iniciativa faz parte do projeto Juntos pela Indústria, uma convergência estratégica que, além do Sebrae, conta com a participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Na prática, o intuito é oferecer uma agenda integrada para otimizar o atendimento à indústria, unificando serviços, programas, ações e projetos das instituições parceiras para aumentar a produtividade, competitividade, inovação, além de promover a transformação ecológica e digital.
O projeto está em fase de elaboração, tendo iniciado a etapa de mapeamento de iniciativas e discussão dos requisitos de governança nos dias 6 e 7 de agosto, durante reunião na sede da CNI, em Brasília.
Os fatores-chave do Mapa Estratégico da Indústria e as missões da Nova Indústria Brasil são os principais elementos do projeto. O objetivo é que as lideranças das instituições parceiras construam, de forma colaborativa, a visão, os pilares, o portfólio de iniciativas e a governança que comporão o programa Juntos pela Indústria.
“Precisamos olhar para as micro e pequenas empresas e entender como elas podem inovar no nosso país. Como podemos apoiar quem está na ponta? Nossa ideia é trabalhar em conjunto para encontrar soluções que permitam a transformação dos modelos de negócio, buscando novas formas de desenvolvimento por meio da inovação e tecnologia”, destacou Jefferson Gomes, diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação, durante a abertura das mesas temáticas.
Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, explicou que o projeto visa unir a capilaridade do Sebrae com a atuação estratégica da indústria para oferecer medidas estruturantes que impulsionem a inovação no Brasil. “Precisamos de convergência em nossa atuação, com infraestrutura qualificada, especialmente agora com o tarifário, que impactará as micro e pequenas empresas. O Sebrae tem capilaridade, a indústria tem precisão. Temos que conectar essas forças para o desenvolvimento econômico do país”, complementou.
Para Gustavo Leal, diretor geral do SENAI Nacional, a criação do Juntos pela Indústria fortalecerá a conexão já existente com o Sebrae. Segundo ele, as instituições possuem grande sinergia e muito espaço para compartilhar experiências e oportunidades. “O cenário atual é desafiador e a construção de novos caminhos é necessária para buscarmos produtividade com foco na formação profissional e tecnológica para a indústria.”
Sarah Saldanha, superintendente do IEL, ressaltou que a parceria entre as instituições contribuirá para o desenvolvimento de lideranças alinhadas à nova política industrial. “Precisamos desenvolver talentos conectados à Nova Indústria Brasil. Falamos em transformações ecológica e digital — nosso empreendedor está preparado? Como sustentar a inovação nas pequenas e médias empresas? Como criar um ecossistema sinérgico entre os setores público e privado? Queremos contribuir de forma propositiva com essas questões.”
Paulo Mol, superintendente nacional do SESI, destacou a sinergia e o potencial dessa convergência estratégica. “Já somos referência na área da educação e podemos ser ainda maiores juntos.” Segundo ele, projetos como a Nova EJA (Educação de Jovens e Adultos) Profissionalizante do SESI deverão ser trabalhados em uma agenda conjunta com o empreendedorismo. “Além da educação, as áreas de saúde e cultura também serão extremamente estratégicas nesse processo.”
A previsão é que o programa Juntos pela Indústria seja lançado até o final deste ano.

















