IBEVAR prevê aumento moderado da inadimplência no trimestre agosto-outubro de 2025

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Projeção Trimestral de Inadimplência – IBEVAR & FIA Business School

O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (IBEVAR), em colaboração com a FIA Business School, apresenta hoje sua projeção trimestral para a inadimplência de pessoas físicas, apontando um crescimento constante dos índices até outubro de 2025.

A pesquisa indica que a taxa total de inadimplência para pessoas físicas deve subir de 4,35% em agosto para 4,43% em outubro. Já a inadimplência relacionada a recursos livres — que exclui operações com taxas reguladas e recursos do BNDES — deverá apresentar aumento mais expressivo, passando de 6,50% para 6,58% no mesmo período.

“A projeção revela uma pressão crescente sobre o orçamento das famílias brasileiras. O aumento mais significativo na inadimplência de recursos livres, previsto entre 6,50% e 6,81% em agosto, reflete principalmente o impacto das altas taxas de juros no crédito ao consumidor”, comenta Claudio Felisoni, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.

Principais Projeções

Inadimplência Total – Pessoas Físicas:

  • Agosto/2025: 4,35% (intervalo: 4,11% – 4,58%)
  • Setembro/2025: 4,38% (intervalo: 4,08% – 4,68%)
  • Outubro/2025: 4,43% (intervalo: 4,05% – 4,80%)

Inadimplência Recursos Livres – Pessoas Físicas:

  • Agosto/2025: 6,50% (intervalo: 6,18% – 6,81%)
  • Setembro/2025: 6,55% (intervalo: 6,08% – 7,02%)
  • Outubro/2025: 6,58% (intervalo: 5,95% – 7,20%)

Análise do Cenário

A pesquisa também aponta que o percentual de carteiras com atraso entre 15 e 90 dias permanece elevado, alcançando 5,43% no total e 4,05% nos recursos livres, sugerindo possível piora nos próximos meses. O presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School destaca que o aumento de 0,21 ponto percentual projetado para agosto, em comparação a junho, indica uma aceleração preocupante.

Ele afirma: “Considerando o aumento relativo dos atrasos observado, é razoável esperar que a taxa de inadimplência fique entre a média e o limite superior do intervalo estimado, especialmente no segmento de recursos livres.”

A projeção baseou-se em séries temporais do Banco Central do Brasil desde novembro de 2015, com os dados mais recentes referentes a junho de 2025. O modelo econométrico considera inadimplência como atrasos superiores a 90 dias, conforme os critérios do Sistema Financeiro Nacional.