A Scania está se preparando para iniciar, em outubro de 2025, as operações de sua nova fábrica em Rugao, na província de Jiangsu, China. Com um investimento de €2 bilhões (aproximadamente R$ 12,6 bilhões), esta será a primeira unidade da marca na Ásia, com um papel estratégico: tornar-se um polo global de exportação, com capacidade para produzir até 50 mil caminhões por ano.
Metade da produção será destinada a outros países, especialmente da Ásia e Oceania, aproveitando a ampla rede de acordos comerciais chineses, que supera a europeia. O objetivo é reduzir os prazos de entrega, que atualmente podem chegar a até sete meses quando os veículos são enviados da Europa ou do Brasil.
A fábrica representa um dos maiores investimentos internacionais da Scania nos últimos 60 anos. Diferentemente do modelo tradicional do setor, a unidade não será operada em parceria com empresas locais: a fabricante sueca obteve uma licença especial para controlar integralmente as operações, algo raro no mercado chinês.
Além da produção em larga escala, a planta terá foco em sustentabilidade. O projeto prevê uma operação neutra em carbono, utilizando biogás gerado a partir de resíduos locais. O complexo também contará com um centro de pesquisa e desenvolvimento, dedicado à aplicação de novas tecnologias, incluindo caminhões zero emissão e soluções de conectividade.
Com essa expansão, a Scania busca fortalecer sua competitividade diante da crescente pressão dos fabricantes chineses, manter proximidade com inovações tecnológicas e aumentar sua resiliência em um cenário global instável. A estratégia reforça a visão da empresa de transformar a nova unidade não apenas em um centro produtivo, mas em um marco de inovação para o futuro do transporte.


















