Pesquisa revela crescimento econômico das micro e pequenas empresas, porém ainda inferior a 2024

Crescimento das micro e pequenas empresas avança, mas fica abaixo do esperado para 2024

Atividade Econômica das Micro e Pequenas Empresas no Brasil

A atividade econômica das micro e pequenas empresas no Brasil cresceu em julho, alcançando seu maior nível no ano, embora ainda abaixo do registrado no mesmo período de 2024. O dado é do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM), divulgado pela SumUp, empresa global fundada em 2012 na Inglaterra. Segundo o levantamento, o indicador chegou a 101,65 pontos, representando um aumento de 4,03% em relação a junho e uma queda de 7,46% frente a julho do ano passado (109,84 pontos).

De acordo com Lilian Parola, economista e diretora de Mercado de Capitais e Tesouraria da SumUp para a América Latina, a baixa taxa de desemprego foi o principal fator macroestrutural que impulsionou o resultado positivo do mês. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa no trimestre encerrado em junho foi de 5,8%, a menor desde o início da série histórica em 2012. “Além desse cenário, o mês de julho é marcado pelo período de férias escolares, que favorece o comércio e movimenta os pequenos negócios”, afirmou a diretora. “Com as crianças em casa, os passeios e programas familiares são mais frequentes, resultando em aumento dos gastos com lazer, por exemplo.”

O ISM apresentou uma queda significativa no início do ano, reflexo da inflação elevada e dos desafios econômicos que impactaram o consumo e as vendas dos pequenos negócios naquele período, mas vem mostrando tendência de recuperação.

Os resultados variam conforme a unidade da federação. Em São Paulo, o ISM atingiu 99,28 pontos. “Com crescimento de 3,37% em relação a junho, o índice indica recuperação no desempenho dos microempreendedores no estado, alinhado à tendência nacional”, informou a SumUp. Na comparação anual, houve queda de 7,08%. No Rio de Janeiro, a pesquisa apontou aumento de 2,77% no mês e de 13,87% em um ano, chegando a 122,35 pontos.

Minas Gerais também registrou crescimento em ambas as comparações: 3,67% de junho para julho e 6,27% em relação a 2024, totalizando 107,93 pontos, marcando a quinta alta mensal consecutiva. Na Bahia, o ISM alcançou 121,36 pontos, com alta de 2,49% no mês. “Em comparação a julho de 2024, o índice cresceu notáveis 23,58%, confirmando a Bahia como um polo de crescimento para o microempreendedorismo.” No Ceará, o ISM chegou a 138,38, com aumento de 27,54% na comparação interanual. “Este desempenho confirma o estado como um dos que mais avançam na atividade econômica dos micro e pequenos negócios no Brasil. Em relação a junho, a alta foi de 3,12%.”

O indicador reflete a atividade dos empreendedores atendidos pela SumUp. “A ampla distribuição geográfica desses clientes possibilita a mensuração da atividade econômica dos micro e pequenos empreendedores em todo o Brasil”, destacou a empresa. O cálculo considera fatores como sazonalidade, volume de vendas, diferenças regionais e a participação dos estados no PIB.