A confiança do consumidor recuou 0,5 ponto em agosto em relação a julho, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu para 86,2 pontos na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou uma leve queda de 0,1 ponto.
“A confiança do consumidor tem se mantido dentro de uma faixa estreita nos últimos três meses, sem indicar uma tendência clara de melhora ou piora, mas permanecendo em níveis desfavoráveis. No mês, a queda modesta resulta da combinação entre a piora das expectativas para os próximos meses e a melhora nas avaliações sobre a situação atual”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em agosto, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,3 ponto, alcançando 88,1 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, para 84,5 pontos. “Entre as faixas de renda, os resultados foram heterogêneos, com queda na confiança dos consumidores de menor e maior poder aquisitivo, e alta nas demais. Destacam-se a terceira e segunda quedas consecutivas nos indicadores de situação econômica e financeira futura dos consumidores, respectivamente. Esses resultados indicam cautela e preocupação com o futuro, especialmente devido aos altos níveis de endividamento e inadimplência das famílias”, acrescentou Gouveia.
Sobre o momento atual, a percepção das famílias sobre suas finanças pessoais subiu 2,6 pontos, chegando a 75,4 pontos, enquanto a avaliação sobre a economia local caiu 0,3 ponto, para 94,0 pontos. Entre as expectativas, o item relacionado às finanças futuras das famílias recuou 2,6 pontos, para 79,8 pontos, o menor patamar desde setembro de 2021.
O indicador que mede as compras previstas de bens duráveis avançou 1,3 ponto, para 88,2 pontos, enquanto a avaliação das perspectivas para a situação futura da economia local caiu 2,8 pontos, para 97,7 pontos.
Houve piora na confiança em duas das quatro faixas de renda familiar em agosto. O índice caiu de 81,7 pontos em julho para 79,6 pontos entre famílias com renda até R$ 2.100, queda de 2,1 pontos. Já as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 tiveram alta de 1,5 ponto, passando de 84,1 para 85,6 pontos.
O indicador subiu de 85,3 para 88,9 pontos entre famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, alta de 3,6 pontos, e recuou de 92,9 para 91,0 pontos, queda de 1,9 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01. A Sondagem do Consumidor foi realizada com entrevistas coletadas entre 1º e 21 de agosto.
			















