Varejo impulsiona maior alta no saldo de empregos em São Paulo desde fevereiro

Varejo lidera crescimento recorde no saldo de empregos em São Paulo desde fevereiro

Levantamento Sindilojas-SP – Empregos no Varejo de São Paulo

Um levantamento realizado pelo Sindilojas-SP, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que o varejo da cidade de São Paulo teve, em julho, o melhor desempenho na criação de vagas de trabalho desde fevereiro. Foram 31,2 mil admissões contra 28,8 mil demissões, resultando em um saldo positivo de 2,4 mil empregos gerados no período. A Pesquisa de Emprego do Varejo Paulistano (PEVP), realizada mensalmente, revela que o setor acumula 607 mil vínculos ativos na capital paulista, completando quatro meses consecutivos de resultados positivos.

Apesar disso, o indicador de julho foi inferior ao registrado nos últimos dois anos. Em comparação ao mesmo período de 2024, houve uma retração de 4,5%, quando o saldo foi de 2,5 mil vagas criadas. Em julho de 2023, foram geradas 2,4 mil vagas com carteira assinada. No acumulado de janeiro a julho deste ano, o varejo abriu 5,1 mil vagas celetistas, o melhor resultado para o período desde 2021. “O resultado de julho demonstra a força do varejo em sustentar empregos e renda em São Paulo”, afirmou o presidente do Sindilojas-SP, Aldo Macri. Segundo ele, mesmo diante de juros elevados, endividamento e inadimplência das famílias, o setor continua sendo um dos pilares do mercado de trabalho da capital, “principalmente ao oferecer oportunidades em segmentos de mercadorias essenciais.”

Os setores que lideraram a criação de vagas em julho foram minimercados, mercearias e armazéns, com saldo de 431 postos de trabalho. Em seguida, destacaram-se supermercados (+344), hipermercados (+293), artigos de vestuário e acessórios (+277) e lojas de variedades (+180). Por outro lado, os setores de combustíveis (-79 vagas), equipamentos de informática (-61), materiais de construção (-43), vidros (-42) e segmentos específicos de materiais de construção (-25) tiveram os maiores resultados negativos no mês. Ao todo, 23 dos 75 setores pesquisados apresentaram mais demissões do que admissões em julho.