O BNDES aprovou um financiamento de R$ 36,7 milhões para a Iochpe-Maxion modernizar a linha de produção de autopeças na unidade de Cruzeiro, no Vale do Paraíba (SP). O projeto, enquadrado no programa BNDES Mais Inovação, prevê a automação, digitalização e integração das etapas industriais usadas na fabricação de longarinas — componentes estruturais essenciais para chassis de veículos comerciais.
A iniciativa inclui a modernização completa dos processos de estampagem e roll-forming, com foco na redução de perdas, aumento da confiabilidade operacional e ganho de produtividade. Com a adoção das novas tecnologias, a empresa projeta ampliar a capacidade anual de produção de 480 mil para 635 mil longarinas, um avanço em torno de 32%.
Metade do valor financiado terá custo atrelado à Taxa Referencial (TR), mecanismo que barateia o crédito para investimentos industriais, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O BNDES apoia a transformação digital da indústria brasileira e fortalece a competitividade do setor”, afirmou.
Para a Iochpe-Maxion, o investimento é considerado estratégico. De acordo com o CFO da companhia, Renato Salum, a digitalização dos processos eleva o patamar tecnológico da operação, acelera a produção e melhora a qualidade final das autopeças fornecidas ao mercado automotivo global.
Líder mundial em rodas automotivas e uma das maiores fabricantes de componentes estruturais nas Américas, a Iochpe-Maxion opera 33 unidades industriais em 14 países e emprega cerca de 17 mil pessoas. No Brasil, atua por meio das divisões Maxion Wheels e Maxion Structural Components.
A fábrica de Cruzeiro é uma das principais bases de produção de longarinas, travessas e chassis da empresa, atendendo sobretudo às demandas de caminhões, ônibus e demais veículos comerciais.

















