Comércio tem prejuízo de mais de R$ 50 milhões com apagão em São Paulo

O comércio da Grande São Paulo deixou de faturar cerca de R$ 51,7 milhões em razão da falta de energia registrada na quarta-feira (10), segundo estimativa do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP). O cálculo considera o volume médio diário de vendas na capital e na região metropolitana.

De acordo com a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na Grande São Paulo, mais de 2 milhões de clientes foram afetados pelo apagão. A interrupção ocorreu após a passagem de fortes ventos provocados por um ciclone formado no litoral paulista.

Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o levantamento exato dos prejuízos ainda é complexo, já que os efeitos do ciclone foram irregulares entre os diferentes bairros da capital e muitas áreas seguiam sem restabelecimento total do serviço até esta quinta-feira (11).

“O impacto ocorre, principalmente, pela redução das compras imediatas e das aquisições por impulso dos consumidores”, afirma Gamboa. No varejo físico, isso significa menos fluxo nas lojas, queda em vendas de conveniência e atrasos em operações que dependem de sistemas eletrônicos, como meios de pagamento, emissão de notas e controle de estoque.

Nesta quinta-feira (11), os ventos na Grande São Paulo já eram bem mais fracos: velocidade média entre 20 e 30 km/h, contra rajadas acima de 98 km/h registradas na quarta-feira (10). Ainda assim, houve rajada de 64,8 km/h no Aeroporto de Congonhas, na capital. A queda de diversas árvores sobre veículos ilustra o efeito direto do evento climático sobre a mobilidade urbana e a operação de serviços na região.