O Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), registrou leve queda de 0,1 ponto em outubro em relação a setembro, atingindo 89,5 pontos na série com ajuste sazonal. Na análise por médias móveis trimestrais, o recuo foi de 0,7 ponto.
Segundo Aloisio Campelo Jr., pesquisador do Ibre/FGV, essa pequena retração indica que a economia segue em ritmo de desaceleração. “Além do recuo na percepção sobre a situação atual dos negócios, houve uma queda mais expressiva na confiança de setores que vinham mostrando certa resiliência, como a Indústria de Transformação e, principalmente, a Construção. Por outro lado, o Índice de Expectativas voltou a crescer após quatro meses seguidos de queda, o que é um sinal positivo”, avalia Campelo Jr.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 0,5 ponto, para 92,8 pontos, influenciado pela insatisfação com o momento dos negócios (-0,7 ponto, para 91,5 pontos) e pela avaliação do nível atual de demanda (-0,4 ponto, para 94,1 pontos). Já o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) subiu 0,3 ponto, chegando a 86,2 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas mensais.
Dentro do IE-E, o otimismo com a demanda para os próximos três meses avançou 1,9 ponto, para 85,3 pontos, enquanto a perspectiva para os negócios em seis meses recuou 1,3 ponto, para 87,4 pontos. Entre os quatro grandes setores acompanhados, apenas o Comércio apresentou melhora significativa, com alta de 1,5 ponto. Indústria e Construção registraram queda de 0,7 ponto cada, enquanto Serviços teve leve recuo de 0,1 ponto.
Em outubro, 45% dos 49 segmentos pesquisados apontaram alta na confiança. O destaque negativo ficou para o setor de Construção, onde só 18% dos segmentos mostraram avanço no indicador. A coleta dos dados foi realizada entre os dias 1º e 27 de outubro.