Comércio supera crise da pandemia e eleva emprego em 3,5%

Comércio se recupera da pandemia e impulsiona crescimento do emprego em 3,5%

Pesquisa Anual do Comércio 2023

O comércio se recuperou após o período da pandemia de covid-19, registrando 10,5 milhões de pessoas empregadas em 2023, o que representa um aumento de 3,5% em relação a 2019, ano anterior à crise sanitária no Brasil. No mesmo período, o número de empresas que atuam no comércio eletrônico cresceu 97,6%, chegando a 3,7 mil.

Esses dados fazem parte da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2023, divulgada nesta quinta-feira, 7 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa também apontou que o setor comercial atingiu uma receita operacional líquida de R$ 7,1 trilhões e um valor adicionado bruto de R$ 1,2 trilhão em 2023.

Os salários, retiradas e outras remunerações totalizaram R$ 352,7 bilhões. O número de empresas chegou a 1,5 milhão, com 1,7 milhão de unidades locais, incluindo filiais.

A PAC, que coleta dados de empresas predominantemente comerciais em todo o país, entrevistou 80 mil empresas nesta edição. A pesquisa abrange três segmentos principais: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista, além de 22 grupos de atividades.

Desde o início da série histórica, houve alternância na liderança entre o comércio por atacado e o varejista em termos de receita operacional líquida. A partir de 2020, o atacado aumentou sua participação, mas registrou uma leve retração em 2023, totalizando R$ 3,5 trilhões, enquanto o varejo alcançou R$ 2,9 trilhões. O comércio de veículos, peças e motocicletas somou R$ 646,2 bilhões.

O IBGE destacou que, entre os 22 grupos de atividades, o comércio de veículos automotores foi o que mais perdeu participação no total da receita do setor, com queda de 2,2 pontos percentuais entre 2014 e 2023, chegando a 5,7%. O segmento que mais avançou (3,2 pontos percentuais) foi o comércio por atacado de matérias-primas agrícolas, que atingiu 6,3%.

O comércio varejista manteve as maiores taxas de margem (39,1%), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, que registrou índice de 23,4%, ultrapassando o comércio por atacado, que obteve 22,5% em 2023.

Quanto à remuneração dos funcionários, a série histórica registrou seu maior valor, equivalente a dois salários mínimos para o setor de comércio como um todo.