O CONAREM – Conselho Nacional de Retíficas de Motores – está engajado nas discussões sobre descarbonização no Brasil. Como integrante do Instituto de Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCBrasil), a entidade se posiciona no centro de um tema crucial para o futuro da mobilidade nacional. “O Brasil encerrou o ano com 91% de sua matriz energética proveniente de fontes limpas e sustentáveis. Nossa matriz energética é 51% renovável, algo que nenhum outro país do G20 possui. Produzir no Brasil significa operar em um país de baixa emissão de carbono”, afirma José Eduardo Luzzi, presidente do Conselho de Administração do Instituto MBCBrasil, com quatro décadas de experiência no setor automotivo, especialmente em motores.
Luzzi destaca o Acordo de Cooperação para a Mobilidade de Baixo Carbono, que está se consolidando como Instituto MBCBrasil, além de outras iniciativas voltadas à redução das emissões no transporte. O modelo brasileiro de descarbonização está sendo apresentado internacionalmente pelos membros do Instituto MBCBrasil, inclusive na COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para 2025.
Segundo Luzzi, o Brasil conta com vantagens competitivas que precisam ser exploradas, como sua matriz elétrica e energética. Ele também ressalta a experiência acumulada em biocombustíveis, especialmente os 50 anos do Proálcool, que abriram caminho para novas tecnologias e impulsionaram a produção de etanol e biodiesel no país. “O Brasil tem potencial para descarbonizar a mobilidade de forma mais alinhada à nossa realidade e em ritmo mais acelerado do que o hemisfério norte. Podemos ser protagonistas, não apenas seguidores nesse processo”, avalia.
Outro destaque é o estudo encomendado pelo Instituto MBCBrasil sobre os impactos socioeconômicos das tecnologias de descarbonização. “De 2020 a 2050, se o Brasil adotasse integralmente o modelo do hemisfério norte, focado em veículos elétricos, em vez do híbrido flex, a diferença acumulada seria uma perda de 2,8 trilhões de dólares no PIB e 1,6 milhão de empregos”, alerta Luzzi.
Esses temas foram abordados no 36º episódio do podcast Motores do Brasil, apresentado por José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM. No episódio 37, Luzzi aprofunda o debate, discutindo “O impacto das novas tecnologias na frota brasileira”.
Os episódios completos do podcast Motores do Brasil estão disponíveis no canal do CONAREM no YouTube (https://www.youtube.com/@conaremOficial), além das plataformas Instagram, Spotify, Deezer, Castbox, Apple e Google Podcasts.
















