O Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), permaneceu estável em 96 pontos na transição de junho para julho. Este foi o segundo mês consecutivo sem variação no indicador.
No nível atual, o INC indica que o consumidor está pessimista. O índice varia de zero a 200 pontos, sendo que pontuações acima de 100 refletem otimismo. A pesquisa foi realizada com 1.679 famílias em todo o país, incluindo residentes de capitais e cidades do interior.
Por região, o indicador se manteve estável na comparação mensal no Sudeste, apresentou queda nas famílias das regiões Norte e Sul, e aumentou no Nordeste e Centro-Oeste. Quanto às classes socioeconômicas, os resultados foram mistos: houve redução do índice nas classes AB e C, enquanto aumentou entre os consumidores das classes DE.
De acordo com a ACSP, em julho, em comparação a junho, “houve uma leve piora na percepção das famílias sobre a situação financeira atual, mas as expectativas futuras de renda e emprego melhoraram moderadamente, com aumento da segurança no emprego, o que contribuiu para a estabilidade do índice.”
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “a atividade econômica e o emprego ainda mostram certa resiliência, o que, aliado ao novo crédito consignado e outras transferências de renda governamentais, mantém o ânimo e o consumo das famílias.”
O economista ressalta que “o alto grau de endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que já começam a ser sentidos, podem provocar uma queda na confiança do consumidor nos próximos meses.”
















