O mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves mostrou sinais de recuperação na primeira quinzena de dezembro de 2025, com 127,1 mil unidades emplacadas. Isso representa uma alta de 20,1% em relação à primeira quinzena de novembro e um avanço de 9,6% na comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com análise da Bright Consulting.
Esse desempenho ajuda a normalizar o ritmo das vendas após um novembro mais fraco, sustentando a projeção da consultoria de que o ano fechará próximo de 2,54 milhões de veículos emplacados. No acumulado até a quinzena, o total chega a 2,40 milhões de unidades, com crescimento modesto de 2,1% sobre 2024.
A quinzena contou com 11 dias úteis, o que elevou o volume absoluto e resultou em uma média diária de cerca de 11,6 mil emplacamentos — superior a novembro, mas estável em relação a dezembro do ano anterior. Parte do ganho anual se deve mais ao efeito calendário do que a uma demanda genuinamente acelerada.
Canais de Venda:
Varejo em Destaque
- Varejo: Responsável por 66,1 mil unidades, com impressionante alta de 30,4% sobre novembro.
- Vendas diretas (frotas, locadoras e corporativas): 60,9 mil veículos, crescimento de 10,7%, mas com participação reduzida para 48,0% na quinzena.
No acumulado de 2025, as vendas diretas representam 47,2% do mercado, acima do verificado em 2024, refletindo a força de compras em volume.Liderança das Montadoras e Modelos
A Fiat manteve a ponta com 19,8% de market share (leve recuo), seguida por Volkswagen e General Motors. A BYD avançou fortemente, entrando no Top 5 com 5,6% de participação, enquanto a Toyota ganhou terreno graças ao mix de híbridos.
No ranking de modelos, a Fiat Strada continuou na liderança, com a Volkswagen forte em SUVs compactos como T-Cross e Tera.
Boom dos Eletrificados
Os veículos eletrificados (incluindo híbridos e elétricos puros) brilharam na quinzena, com 17,6 mil unidades emplacadas — equivalente a 13,8% do total. No acumulado do ano, somam 256 mil veículos, um avanço expressivo em relação a 2024, impulsionado por promoções no varejo e liquidação de estoques.
Essa recuperação em dezembro reforça um fechamento de ano mais positivo para o setor automotivo brasileiro, mesmo em um cenário de demanda moderada e dependência de vendas corporativas.












