O varejo da cidade de São Paulo fechou setembro com saldo negativo na geração de empregos formais. Segundo levantamento do Sindilojas-SP, baseado em dados do Novo Caged, o setor perdeu 378 vagas com carteira assinada no mês, resultado de 31.867 admissões e 32.245 desligamentos. Com isso, o total de empregos formais ativos ficou em 610,8 mil. Essa foi a primeira retração desde março deste ano e representa o pior desempenho para um mês de setembro desde a criação do Novo Caged, em 2020 – até então, o mês costumava registrar mais contratações do que demissões.
Entre os 75 segmentos analisados, os setores ligados a gêneros alimentícios puxaram a queda, com destaque para hipermercados (-275 vagas), supermercados (-223) e estabelecimentos de produtos alimentícios em geral (-130). Em contrapartida, padarias e confeitarias abriram 128 postos, seguidas pelas lojas de artigos de armarinho, que criaram 97 vagas.
Apesar do recuo em setembro, o acumulado do ano ainda é positivo. De janeiro a setembro de 2025, o varejo paulistano criou 8.855 empregos formais, um avanço de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de 6.657 vagas. Os segmentos de gêneros alimentícios continuam liderando o crescimento no acumulado anual, enquanto vestuário e acessórios (-1.408 vagas) e calçados (-703) seguem entre os que mais cortaram postos de trabalho.
Para Aldo Nuñez Macri, presidente do Sindilojas-SP, o resultado de setembro reflete um ajuste natural após meses de crescimento. “Depois de um período de expansão, o mercado tende a ajustar o ritmo de contratações. Não há sinal de enfraquecimento estrutural do varejo e a expectativa é de retomada imediata em outubro e novembro, com as contratações sazonais para Black Friday, Natal e Réveillon”, afirma.
Macri destaca ainda que o último bimestre do ano deve impulsionar a geração de vagas temporárias, especialmente nos setores de vestuário, calçados e supermercados. “O pagamento do 13º salário e o aumento do consumo nas festas de fim de ano tradicionalmente fortalecem o emprego no comércio, o que deve garantir um fechamento de 2025 com saldo positivo”, conclui.















