FGV: Confiança do consumidor avança 0,8 ponto em julho

FGV: Confiança do consumidor cresce 0,8 ponto em julho

Confiança do Consumidor em Julho

A confiança do consumidor aumentou 0,8 ponto em julho em comparação a junho, na série com ajuste sazonal, conforme divulgado nesta sexta-feira, 25/07, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 86,7 pontos.

Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto, alcançando 86,4 pontos. “Após a queda registrada no mês anterior, a confiança do consumidor retomou em julho a trajetória de alta iniciada em março deste ano. O aumento moderado do ICC refletiu uma melhora também moderada nas avaliações sobre o presente e o futuro, impulsionada principalmente pelos consumidores da faixa de renda mais baixa”, avaliou a economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia.

Ela explicou que, entre os quesitos, os indicadores que avaliam a economia e a situação financeira das famílias apresentaram alta em julho, enquanto os relacionados às expectativas futuras mostraram sinais divergentes.

“Se por um lado o indicador que mede o ímpeto de consumo de bens duráveis foi o principal motor do aumento do ICC, os indicadores que avaliam as expectativas sobre o futuro da economia e da situação financeira das famílias recuaram. Esse cenário sugere que a retomada da confiança é gradual e sustentada por uma melhora nas condições atuais, mas ainda limitada por incertezas quanto ao futuro”, afirmou.

Em julho, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, chegando a 83,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,7 ponto, atingindo 89,4 pontos. Já o indicador da situação financeira atual das famílias teve crescimento menos expressivo, de 0,3 ponto, alcançando 72,8 pontos, informou a FGV.

Entre os componentes do IE, os indicadores de situação econômica local futura e situação financeira futura das famílias recuaram 2,4 e 6,2 pontos, para 100,5 e 82,4 pontos, respectivamente. Em contrapartida, o indicador de compras previstas de bens duráveis avançou 10,8 pontos, atingindo 86,9 pontos, o maior nível desde dezembro de 2024 (91,0 pontos).

O aumento da confiança dos consumidores ocorreu de forma heterogênea entre as faixas de renda investigadas na sondagem, com avanços nos extremos. Entre os consumidores de menor renda (até R$ 2.100,00), houve alta de 7,4 pontos, para 81,7 pontos, e entre os de maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600,01), apesar de menos expressiva, o índice avançou 0,5 ponto, para 92,9 pontos. As demais faixas registraram queda na confiança, segundo a FGV.