Diferença de preços de combustíveis entre bairros de São Paulo ultrapassa 20%
Abastecer o carro em São Paulo pode pesar mais – ou menos – no bolso, dependendo do bairro escolhido. Um levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que o preço dos combustíveis na capital paulista chega a variar mais de 20% entre diferentes distritos, considerando gasolina comum, etanol hidratado e diesel S-10.
Em setembro de 2025, o preço médio da gasolina comum na cidade foi de R$ 6,13 por litro, um aumento de 1,9% em relação a agosto e de 3,7% no acumulado de 12 meses. A diferença entre o distrito mais caro e o mais barato chegou a 20,1% – ou R$ 1,12 por litro. Na prática, isso representa uma diferença de cerca de R$ 56 para encher um tanque de 55 litros.
Os bairros com gasolina mais cara foram Alto de Pinheiros (+9,5%), Morumbi (+7,4%), Jardim Paulista (+6,3%), Água Rasa (+5,2%) e São Rafael (+5,0%). Já os distritos com preços mais baixos foram Sé (-8,9%), Jaguara (-5,7%), Pari (-5,4%), Raposo Tavares (-5,2%) e Freguesia do Ó (-4,1%).
O etanol hidratado teve preço médio de R$ 4,17 por litro em setembro, alta de 3,7% no mês e de 6,9% em 12 meses. A diferença entre os extremos chegou a 20,8%, o que equivale a R$ 0,82 por litro ou R$ 44,90 por tanque de 55 litros.
Os maiores preços do etanol foram registrados em Alto de Pinheiros (+13,9%), Jardim Paulista (+12,7%), Morumbi (+10,7%), São Rafael (+6,6%) e Perdizes (+6,5%). Entre os distritos com valores mais baixos estão Brasilândia (-5,8%), República (-5,7%), Pari (-5,5%), Freguesia do Ó (-5,4%) e Cidade Dutra (-5,2%).
O diesel S-10 fechou setembro com preço médio de R$ 6,20 por litro, uma leve alta de 0,2% em relação a agosto e de 1,7% em 12 meses. A variação entre distritos foi ainda maior: 27,9%, diferença de R$ 1,53 por litro ou cerca de R$ 230 no abastecimento de 150 litros.
Os distritos com diesel mais caro foram Brasilândia (+13,3%), Morumbi (+12,2%), Vila Mariana (+10,1%), Santa Cecília (+8,9%) e Pinheiros (+8,8%). Já os preços mais baixos foram encontrados em Tucuruvi (-11,4%), Pari (-9,1%), Parelheiros (-8,1%), Jardim Ângela (-7,5%) e Jardim Paulista (-7,2%).
De acordo com a Fipe, os preços dos combustíveis refletem fatores como custo dos imóveis, perfil dos consumidores e nível de concorrência local. Bairros de renda mais alta, como Morumbi, Alto de Pinheiros e Jardim Paulista, costumam ter público menos sensível a preço e custos operacionais mais elevados, o que encarece o litro vendido.
Já nas regiões centrais e periféricas, onde há mais postos e clientela mais popular, a concorrência e a busca por volume de vendas pressionam os preços para baixo. No caso do diesel, áreas estratégicas para transporte e logística, como Tucuruvi e Parelheiros, oferecem valores menores para atrair caminhoneiros e frotistas.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Monitor de Preço de Combustível, estudo mensal produzido pela Veloe em parceria com a Fipe, dentro do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, iniciado em fevereiro de 2023.

















