Depois de 24 anos sendo produzido no Brasil, o Honda Civic deixará de ser fabricado em novembro. A montadora já teria comunicado a seus fornecedores que o sedã não vai ter mais produção em dezembro, segundo informou o site Autos Segredos.
Mas isso não quer dizer que o Civic não será mais vendido no mercado brasileiro, que receberá a partir do ano que vem a nova versão importada do sedã, a 11ª geração, possivelmente vinda dos Estados Unidos, onde já foi apresentada
Entre as razões do fim da produção nacional está o sucesso dos SUVs, que tem feito montadoras investirem mais em lançamentos nesse segmento, que têm margens de lucro maiores, em detrimento dos sedãs, que têm visto seu mercado diminuir aos poucos, com exceção do Toyota Corolla, cujo público tem se mostrado mais fiel do que a média da categoria.
Transferência da produção de automóveis
Também pesou na decisão a transferência da produção de veículos de Sumaré para Itirapina, ambas no interior paulista. Sumaré, onde eram montados Civic, City e Fit, ficará com a produção de motores, o desenvolvimento de veículos, o treinamento de funcionários, o centro de peças e a sede administrativa. Itirapina, que fabricava WR-V, HR-V e Fit, vai concentrar toda a produção de automóveis ao final do processo.
Devido a essa transferência, a Honda abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os funcionários das duas fábricas de automóveis, que têm hoje cerca de 3 mil trabalhadores.
História que começou em 1997
Com o fim do Civic nacional, encerra-se uma história que teve início em 1997, quando a sexta geração começou a ser fabricada localmente, sempre na unidade de Sumaré. Hoje a 10ª geração está disponível nas versões 2.0 flex e 1.5 turbo a gasolina, custando entre R$ 121 mil e R$ 164,9 mil. Com a versão importada, o sedã será oferecido apenas com a motorização 1.5 turbo (leia aqui).
Antes da chegada do Civic importado, que deve acontecer apenas no final de 2022, a Honda lançará outro sedã para tentar conquistar parte desse público: no fim de 2021 deverá chegar a novo City, que ganhará um irmão com carroceria hatch no primeiro semestre do ano que vem, como já adiantou nosso colunista Fernando Calmon em maio.
LEIA TAMBÉM