Levantamento indica que 34% dos consumidores paulistas pretendem aproveitar as promoções da Black Friday

34% dos Consumidores Paulistas Pretendem Aproveitar as Promoções da Black Friday, Aponta Levantamento

O percentual de consumidores paulistas que não pretende aproveitar as promoções da Black Friday praticamente empata com o dos que planejam comprar. Estudo encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à empresa PiniOn mostra que 34,5% dos entrevistados no Estado não têm intenção de consumir na data, enquanto 34,0% afirmam que vão às compras e 31,5% ainda estão indecisos.

A pesquisa ouviu 861 consumidores em São Paulo. Na comparação com o ano passado, segundo a ACSP, diminuiu tanto a fatia dos que tinham intenção clara de comprar quanto a dos que não pretendiam adquirir nada. Em contrapartida, aumentou o grupo dos indecisos.

Entre os que planejam aproveitar a Black Friday, 31,9% querem antecipar as compras de Natal. Outros 51,3% dizem mirar especificamente as grandes promoções e descontos exclusivos do período. A maioria (51,9%) pretende usar a data para comprar itens de que realmente está precisando.

Dentro desse grupo de consumidores ativos na Black Friday, 44,6% afirmam que devem gastar mais do que no ano anterior, enquanto 24,2% dizem que vão reduzir o desembolso.

Quanto ao tíquete médio, a maior parte dos entrevistados (56,6%) declara que pretende gastar entre R$ 50 e R$ 900.

O levantamento confirma também um padrão típico da Black Friday: a preferência por grandes redes varejistas (60,6% das intenções) e pelas compras remotas via computador, celular ou tablet (60,5%).

13º salário Quase metade dos consumidores paulistas pretende usar parte da renda extra para aproveitar a data. De acordo com a pesquisa, 48,7% planejam utilizar a primeira parcela do 13º salário nas compras de Black Friday, enquanto 36,8% descartam essa possibilidade.

Produtos mais desejados Nas intenções de compra dos paulistas, lideram roupas, calçados e acessórios (37,8%). Em seguida aparecem celulares (24,8%), perfumes (23,3%), móveis e artigos para o lar (22,1%), computadores, notebooks e tablets (19,2%), televisores (18,7%) e, com o maior destaque, itens de linha branca (47,3%), como geladeiras, fogões e máquinas de lavar.

Capital paulista segue o mesmo rumo O estudo também detalhou o comportamento de uma amostra específica de moradores da capital (341 consumidores). Em linhas gerais, os resultados repetem o cenário estadual.

Na cidade de São Paulo, 35,5% dos entrevistados não pretendem comprar na Black Friday, 32,3% têm intenção de consumir e 32,2% ainda não se decidiram.

Entre os que vão às compras, a maioria também deve recorrer às grandes redes varejistas (63,1%), preferencialmente de forma remota (61,4%), e usar a primeira parcela do 13º salário (46,8%).

Assim como no Estado, grande parte dos consumidores da capital projeta gastar mais que no ano passado (37,0%), enquanto 24,4% planejam reduzir as despesas e 19,5% ainda não sabem. A faixa de gasto predominante é a mesma do recorte estadual: entre R$ 50 e R$ 900 para 54,0% dos que pretendem comprar.

Estabilidade nas vendas Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, as perspectivas para a Black Friday em São Paulo, tanto no Estado quanto na capital, apontam para um desempenho estável em relação a 2024.

Ele explica que o cenário é influenciado por fatores que atuam em direções opostas. “De um lado, São Paulo continua sendo o principal gerador de emprego e renda do país, com um mercado de trabalho ainda aquecido, o que tende a estimular as compras. Por outro, o custo de vida segue elevado e o endividamento das famílias permanece alto, o que reduz o poder de compra e torna o consumidor mais cauteloso”, avalia.