Na última terça-feira, 19 de agosto, no Goldencenter Eventos de Parque Norte, aconteceu a 5ª edição do Encontro de Líderes do Mercado de Reposição, com o tema “Recalculando estratégias para a nova dinâmica do Aftermarket”. O evento elevou toda a cadeia de valor do mercado de reposição a um novo patamar.
Este espaço de networking setorial e comercial, organizado pela AFAC com o apoio da Automechanika Buenos Aires, é um evento bienal que reúne toda a cadeia de valor do setor. O objetivo é promover a análise e o intercâmbio de temas relacionados ao mercado de reposição, reforçando a importância da atividade de direção de veículos em nosso país.
Esta edição contou com a participação de 550 representantes, incluindo fabricantes, distribuidores, pequenos comerciantes, especialistas em mecânica, câmaras e associações profissionais do setor, jornalistas, entre outros.
A abertura foi realizada por Juan Cantarella, Presidente Executivo da AFAC, que destacou a importância de uma agenda conjunta com colegas do mercado de reposição e o trabalho colaborativo na cadeia de valor: “A colaboração e a sinergia geradas quando trabalhamos juntos são fundamentais para alcançar melhores resultados, aumentar a atividade nas oficinas e garantir clientes mais satisfeitos. Por isso, o trabalho conjunto em toda a cadeia de valor do mercado de reposição é tão importante. A agenda do mercado de estoque inclui tudo, e cada item faz parte dela.”
Foi destacado o trabalho do grupo em defesa do direito à livre escolha para a reparação de veículos, além do desenvolvimento do SUAP (Sistema Único de Peças Automotivas), que padroniza e valida as informações relativas às aplicações dos itens, garantindo que os dados estejam unificados e acessíveis permanentemente para diferentes canais de comercialização.
No primeiro painel, Florencia Delucchi, Diretora Geral da GiPA S.A. para Argentina, Chile e Peru, analisou as tendências pós-evento, a evolução das necessidades e preferências dos consumidores, abordando o desenvolvimento do segmento de veículos ao longo de mais de 10 anos, o impacto no pós-venda, o aumento do tempo de armazenamento dos veículos, a melhoria do nível de utilização, o crescimento do “faça você mesmo”, a expansão na compra de itens, além dos principais fatores, tendências e o potencial das lojas.
Ela observou que o segmento do parque jovem está em desenvolvimento, com a recuperação iniciando conforme as condições do mercado. O parque com mais de 15 anos assume protagonismo, representando mais de um terço do mercado. Além disso, a maior parte da demanda do pós-lançamento vem do mercado antigo, com mais de 10 anos, o que exige a adaptação das estratégias e portfólios por parte de todos os participantes.
O painel foi moderado por Verónica Bokser, Gerente Geral da Nubo S.R.L.
Em seguida, o painel sobre Inteligência Artificial Generativa, apresentado por Ernesto Mislej, Cientista Chefe de Dados e Cofundador da 7Puentes, destacou o que está por vir para o ChatGPT e como trabalhar com IA.
Mislej explicou que a IA já é competitiva, com aplicações imediatas em processos conhecidos e na análise de dados críticos para negócios, como controle de estoque com visão computacional, chatbots para vendas e atendimento, inteligência de negócios com IA, previsão de demanda sazonal e otimização de estoque.
“A inteligência artificial não é a tecnologia do futuro, é uma solução prática para os problemas de hoje”, afirmou Mislej.
O painel foi moderado por María Belén Lo Russo, Gerente de Varejo Exterior e Diretora da Baigorria Industrial.
O painel sobre o setor automotivo e a demanda potencial do mercado de reposição foi moderado por Fernando Palasciano, Gerente Sênior de Vendas da DRiV Argentina, com a participação de Salvador Lupo (Presidente da FAATRA), Esteban Martín (Tesoureiro da FACCERA), Virginia Monayer (Diretora da Expoyer S.A.) e Rodolfo Cribellini (Presidente da Promotive Latam Data Solutions).
O painel reuniu explicações sobre a cadeia de valor do mercado de reposição, abordando os desafios enfrentados por cada segmento.
Cribellini apresentou dados globais e latino-americanos sobre o setor automotivo, comparando a Argentina com a região em termos de eletrificação, e explicou a diversidade e complexidade do setor automotivo argentino e seu impacto no mercado de reposição.
Ele destacou que a eletrificação da frota automotiva na América Latina ainda é muito pequena. Segundo ele, 555.100 unidades foram vendidas na Argentina nos últimos 10 anos, e serão necessários aproximadamente 24 anos para renovar completamente a frota. Globalmente, mais de 1.565.000.000 unidades estão em circulação.
Com uma provisão de 91.180.000 unidades nos últimos 10 anos, é necessário renovar completamente a frota em 17 anos.
Dada a diversidade e complexidade da indústria automotiva argentina, a incorporação acelerada de novas tecnologias e a padronização das informações, o mercado automotivo do país vive uma das maiores diversificações de sua história. “Em um mercado de reposição mais diverso e tecnologicamente exigente, não se trata apenas do que cada peça representa, mas de unir necessidades, alinhar objetivos e seguir em frente”, concluiu Cribellini.