Pesquisa nacional de intenção de compras para o Natal, divulgada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), indica que 45,6% dos 1.682 consumidores entrevistados pretendem comprar presentes na data. Outros 34,5% não devem ir às compras, enquanto 19,8% ainda estão indecisos.
O estudo mostra também que a Black Friday, realizada no fim de novembro, teve pouco impacto sobre as vendas típicas de fim de ano. Entre os ouvidos, 78,5% afirmaram não ter antecipado as compras natalinas para o período de promoções.
Entre aqueles que planejam comprar presentes, 36,2% pretendem gastar mais do que no Natal passado, enquanto 41,1% querem reduzir os desembolsos. A maior parte (66,3%) projeta gastar entre R$ 50 e R$ 600 neste Natal.
As grandes redes de varejo seguem na dianteira: 46,5% dos consumidores devem concentrar as compras nesses estabelecimentos. A preferência pelo atendimento presencial também se mantém, com 48,1% dos entrevistados declarando que vão comprar em lojas físicas.
Entre os que pretendem presentear, 43,7% planejam usar a segunda parcela do 13º salário para as compras de Natal; 39,1% não devem recorrer a esse recurso.
Roupas, calçados e acessórios seguem liderando a lista de presentes, citados por 45,5% dos entrevistados. Quando somados a outros itens de uso pessoal, como joias, bijuterias e perfumes, esses produtos respondem por 83,1% das intenções de compra.
Itens típicos da época, como brinquedos, artigos de decoração e enfeites, árvores de Natal, cartões e alimentos para a ceia também aparecem com força, alcançando juntos 81,3% das menções.
Os bens de maior valor, como celulares, computadores, notebooks, tablets e eletrodomésticos (televisores, micro-ondas, fogões, geladeiras e máquinas de lavar), ganharam espaço neste ano. As intenções de compra para essa categoria subiram de 14% no Natal passado para 29,9% nesta edição da pesquisa.
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o cenário para as vendas de Natal é, em geral, um pouco mais favorável que o do ano anterior. Ele avalia que renda e emprego ainda sustentam o consumo, mas lembra que esses fatores positivos são cada vez mais pressionados pelo alto nível de endividamento das famílias e pelos juros elevados.














