Pesquisa do Sebrae revela que fintechs são preferência de 1 em cada 4 pequenos negócios

Fintechs já são a escolha de 1 em cada 4 pequenos negócios, revela pesquisa do Sebrae

Em pouco mais de dez anos de presença no Brasil, as fintechs e os bancos digitais vêm ganhando terreno em um espaço historicamente dominado pelos bancos tradicionais. Pesquisa do Sebrae em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra que essas plataformas já são a escolha principal de 26% dos donos de pequenos negócios, ficando atrás apenas das instituições financeiras convencionais, com 31%.

Entre os microempreendedores individuais (MEI), o quadro se inverte: fintechs e bancos digitais lideram a preferência com 33%, enquanto os bancos tradicionais aparecem em segundo lugar, com 26%. Já no universo das microempresas e empresas de pequeno porte, o cenário volta a favorecer as instituições tradicionais, com as soluções digitais ocupando a segunda posição, com 20% e 13% das preferências, respectivamente.

A pesquisa também indica que idade e nível de escolaridade têm forte influência na escolha da instituição financeira. Entre empreendedores de 25 a 44 anos, as plataformas digitais superam os bancos convencionais (32% contra 27%). Na faixa dos 60 anos ou mais, porém, o quadro se inverte de forma expressiva: 43% preferem bancos tradicionais, ante 14% que optam por fintechs e bancos digitais.

No recorte por escolaridade, as soluções digitais mostram maior adesão entre empreendedores com ensino superior, alcançando 28% desse público, logo atrás dos bancos tradicionais, com 32%. Já entre donos de pequenos negócios com ensino fundamental, a distância é maior: 26% preferem bancos convencionais, enquanto 17% optam por fintechs e bancos digitais.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os empreendedores brasileiros têm mostrado agilidade na adoção de novas tecnologias. “A digitalização é uma realidade sem volta. Os donos de pequenos negócios entenderam isso e conseguiram se adaptar com rapidez”, afirma.

Décio ressalta, porém, que a ampliação das alternativas precisa vir acompanhada de condições sustentáveis. “São os pequenos que acordam todo dia e colocam a nossa economia em movimento, gerando a maior parte dos empregos formais do país. Em um mercado que não foi desenhado para eles, é fundamental garantir um crédito seguro, que não se transforme em uma armadilha no futuro”, avalia.