Varejo brasileiro deve cair 1,31% em outubro, aponta IBEVAR-FIA; segmento tradicional mantém leve alta
O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), em parceria com a FIA Business School, divulgou suas projeções para o desempenho do varejo em outubro de 2025. O estudo prevê uma queda de 1,31% no varejo ampliado em comparação com o mesmo mês de 2024, evidenciando ritmos desiguais de recuperação entre os segmentos.
Já o varejo restrito — que exclui veículos, autopeças e materiais de construção — apresenta um cenário mais positivo, com crescimento anual estimado em 0,36%. No acumulado do ano, o setor registra alta de 1,56%, enquanto o varejo ampliado mostra uma queda de 0,38%, influenciado principalmente pelo baixo desempenho das vendas de veículos e materiais de construção.
Setores em destaque
Entre os ramos com melhor desempenho, o de tecidos, vestuário e calçados deve crescer 8,52%, impulsionado pelas compras de fim de ano e pela renovação do guarda-roupa sazonal. Já o segmento de produtos farmacêuticos, médicos e de perfumaria deve subir 2,60%, refletindo o interesse contínuo do consumidor por saúde e autocuidado.
Por outro lado, o setor de livros, jornais e papelarias deve registrar a maior retração do período (-12,18%), resultado da aceleração da migração para o consumo digital. Os segmentos de veículos e motocicletas (-6,03%), materiais de construção (-5,58%) e móveis e eletrodomésticos (-3,01%) também seguem em queda, impactados pelos juros altos e crédito restrito.
Estabilização esperada no quarto trimestre
Para o último trimestre de 2025, o levantamento indica tendência de estabilização no varejo. O setor tradicional deve encerrar dezembro com alta de 0,74% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o varejo ampliado deve fechar o ano com retração de 2,08% — uma melhora discreta em relação a outubro.
As projeções do estudo utilizam modelos econométricos baseados em séries históricas ajustadas sazonalmente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE (base 2022 = 100), com dados de janeiro de 2016 a julho de 2025.
 
			
















