Em setembro, o Brasil registrou 2,2 milhões de contratações e 2 milhões de demissões, resultando em um saldo positivo de 213 mil vagas formais, de acordo com dados do Novo Caged divulgados nesta quinta-feira (30). O setor de serviços liderou as admissões, com 106,6 mil novos postos, um crescimento de 0,5% em relação ao mês anterior. Em coletiva de imprensa, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou também o papel relevante da construção civil, que fechou o mês com saldo de 23,8 mil empregos, avanço de 0,8% sobre julho.
“Setembro tradicionalmente apresenta números positivos, e este ano não foi diferente”, afirmou Marinho. Segundo ele, o desempenho acompanha o ritmo da economia, mesmo diante dos juros elevados. No período, a indústria abriu 43 mil vagas (+0,5%), o comércio somou 36,2 mil empregos (+0,3%) e a agropecuária encerrou com 3,1 mil novas vagas (+0,2%). O ministro ressaltou ainda que as contratações na construção civil foram impulsionadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. “Quando a construção está aquecida, o emprego cresce diretamente”, disse.
No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de empregos formais no país chegou a 1,7 milhão de vagas, com 20,7 milhões de admissões e 19 milhões de desligamentos, um avanço de 3,6% em relação ao período anterior. A construção civil se destacou nesse cenário, com saldo de 218,2 mil vagas (2 milhões de contratações e 1,8 milhão de demissões), crescimento de 7,6%. Esse desempenho pode estar relacionado à criação da Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, lançada em abril pelo FGTS, que ampliou o programa para famílias de classe média, com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
Em setembro, todos os 27 estados brasileiros apresentaram saldo positivo na geração de empregos formais. Os maiores números vieram de São Paulo (49 mil vagas), Rio de Janeiro (16 mil) e Pernambuco (15,6 mil). Em termos percentuais, Alagoas (+3%), Sergipe (+1,7%) e Paraíba (+1,1%) lideraram o crescimento em relação a julho. Já Roraima (+295 vagas, +0,35%), Amapá (+735, +0,72%) e Acre (+845, +0,73%) tiveram as menores variações. O salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.286,34, uma queda de R$ 20,61 frente ao mês anterior.















