Faturamento líquido nominal deve crescer e chegar a R$ 178,5 bilhões, rumo a novos players na área de dados e mídia, novas receitas e outros avanços na mobilidade híbrida e elétrica.
As estimativas para a indústria de autopeças são otimistas, porém há muito ainda para avançar. O faturamento líquido nominal da indústria de autopeças deve chegar a R$ 178,5 bilhões em 2022, ante dos 164,6 bilhões para 2021, registrando acréscimo de 9%, de acordo com as previsões do Sindipeças. Já a produção de veículos deve somar 2,4 milhões de unidades neste ano. “O objetivo da indústria automotiva é aumentar esse volume e alcançar 5 milhões de unidades, acompanhando a evolução e as transforma&cced! il;&otild e;es impostas pelo setor mundialmente”, afirmou Carlos Eduardo Gonçalves Cavalcanti, Assessor de Economia do Sindipeças, no dia 12 de maio, na palestra “Perspectivas para Cadeia Automotiva no Brasil”, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, patrocinado pelo Grupo Supply Service.
Segundo o assessor, três episódios merecem destaque na indústria automotiva desde quando chegou ao país: a criação do grupo executivo da indústria automobilística – GEIA, criado em 1956, que auxiliou a entrada de diversas fábricas do setor no Brasil; o Inovar-Auto, Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, de 2012, que ajudou a criar condições para o aumento de competitividade; e o Programa Rota 2030, de 2018, voltado a um regime tributário especial para importação de autopeças sem produção nacional equivalente. “Ocorreu não só um up grade de desenvolvimento tecnológico no país, mas também diversas transformações na indústria automotiva”, comentou. Fusões e aquisições começaram a surgir. Associação de capacidade, habilidades e conhecimento.
Entre as últimas rupturas ligadas ao setor, citou que as montadoras foram avançando na produção de veículos híbridos e eletrificados, conectados e com autonomia. De outro lado, disse que os consumidores também estão mudando e ficando mais voltados para a não propriedade, compartilhamento e autonomia. Já as indústrias partiram para o conceito 4.0, mais automatizadas, com processos mais eficientes e se tornando mais produtivas.
Sobre os veículos do futuro, ressaltou que serão conectados, autônomos, compartilhados e elétricos. Segundo Cavalcanti, o carro autônomo deve estar presente em grandes centros urbanos até 2030. “A produção de veículos elétricos e híbridos, segundo as estimativas, deve chegar a 50% até 2050”, disse. Com isto, novos players participarão do setor, na área de dados e mídia, como o Google, Apple, Tesla, Amazon, Ebay, Cabify, entre outros. Novas fontes de receita também chegarão, como dados e conectividade, mobilidade sob demanda, além da venda d! e ve&iacu te;culos elétricos e híbridos e autopeças voltadas para estes automóveis.
“Sinais positivos são sempre bem-vindos e o que nos parece é que a retomada já é uma realidade para o setor. Muito oportuno abordar estas perspectivas, principalmente porque elas influenciam diretamente no planejamento das empresas”, comentou João Moura, presidente da Abrafiltros.
Divido em três momentos, o Abra Talks teve início com Clélio Sepinho, Fundador e Diretor Industrial da CSINTF – Nãotecidos e Filtros, abordando o tema “A importância dos Nãotecidos e da sua variedade de composição e estruturas para a filtração”. Em seguida, José Paulo G. M. Netto, Presidente da ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Diretor Executivo da Ma! xiá ;gua Soluções em Água, abordou o tema “Águas Subterrâneas: Alterações de Qualidade, Tratamento, Filtração e Adequação aos Padrões de Potabilidade” e Carlos Eduardo Gonçalves Cavalcanti, Assessor de Economia do Sindipeças, finalizou.
*O próximo Abra Talks será realizado no dia 09 de junho, de forma online e gratuita.