A população brasileira encontra dificuldades para sair da crise econômica, mas tem boas perspectivas para os próximos meses. É o que mostram os dados da pesquisa BTG Pactual/FSB
O levantamento aponta que 51% da população estão com dificuldades para superar a crise econômica. Já 35% acreditam que estão com as finanças controladas, mas admitem que passam dificuldades econômicas. Apenas 10% da população ouvida pela pesquisa disse que vive um bom momento econômico.
Se comparado com as pesquisas passadas, a tendência é de queda no número de famílias com dificuldades financeiras. Em abril, por exemplo, 62% disseram ter dificuldades para se recuperar da crise, 10 pontos percentuais a mais se comparado ao levantamento desta semana.
Já entre os que vivem um bom momento econômico, a alta é de cinco pontos percentuais entre abril e setembro, passando de 5% para 10% entre os que não passam por crise.
Preços de produtos
A pesquisa ainda ouviu de 79% da população que os preços dos produtos subiram muita ou pouco nos últimos três meses. Em relação à última pesquisa, a queda é de dois pontos percentuais.
Já 6% acreditam que os preços se estabilizaram, enquanto 13% disseram que diminuíram muito ou pouco.
Entretanto, a pesquisa mostra que a perspectiva da população para os próximos meses é de estabilização dos preços. Segundo o levantamento, 34% acham que os preços devem subir nos próximos meses e 33% acreditam na redução dos preços. Outros 28% preveem a estabilização dos preços.
Crise financeira deve influenciar voto
Segundo o BTG, 89% da população que vive bom momento econômico devem manter seus votos em Jair Bolsonaro (PL), enquanto 4% devem destinar seu voto em Lula (PT).
Bolsonaro ainda mantém a liderança entre os que conseguem superar a crise econômica. O atual mandatário possui 62% das intenções contra 15% de seu principal adversário.
O cenário, porém, muda entre a população que está em crise econômica e não conseguem superar. Neste caso, Lula lidera as intenções de voto com 68% contra apenas 5% de Bolsonaro.
Nesse cenário, Ciro Gomes (10%) e Simone Tebet (6%) também estão a frente do candidato à reeleição.