A Caoa Chery recusou a proposta do Ministério Público do Trabalho, que serviu de mediador entre a montadora e o sindicato dos trabalhadores de São José dos Campos e Região.
O MPT propôs que a montadora pague 20 salários para os demitidos e mais benefícios por alguns meses, porém, a Caoa Chery recusou a ideia e manterá a indenização de 15 salários.
Diante da decisão, os empregados ocuparam a fábrica de Jacareí, mas por duas horas. Eles continuam a reivindicar a proposta anterior à decisão de fechamento da fábrica.
Nela, montadora e sindicato haviam fechado em cinco meses de layoff e três meses de estabilidade para manter a produção na planta paulista.
Contudo, a empresa decidiu encerrar a produção em Jacareí, prometendo ser temporariamente, até que a montadora invista em mudança para carros eletrificados.
Pelo que o sindicato falou, a montadora quer retomar a fabricação em 2025, um período considerado muito longo para uma atualização da planta para mudança de produto.
A própria Caoa Chery já divulgou em algumas ocasiões, mudanças na linha de produção, ainda com a operação em curso, adicionando novos carros.
Outro exemplo é que a montadora testa carros híbridos ou micro-híbridos para produção em Anápolis-GO, mas a produção na planta continua normalmente.
Assim, as suspeitas que de que a fábrica fique definitivamente fechada são grandes, especialmente com o encolhimento do mercado e o foco das marcas em vender menos, porém, com mais lucro.
Nessa mudança de mercado, carros como o Tiggo 3x começam a perder terreno para modelos mais caros, como Tiggo 7 Pro ou Tiggo 8.
Dessa forma, se torna óbvio o encolhimento da operação industrial, algo que a Honda exemplifica bem ao transferir a produção de Sumaré para Itirapina, ainda que mantenha a operação parcial na sede.
Só o tempo dirá se a fábrica de Jacareí voltará de fato a operar ou se terá uma placa de “vende-se”, como as plantas da Ford.
[Fonte: Automotive Business]