A Great Wall tem bons planos para sua operação no Brasil, que visa a produção somente de carros híbridos, inicialmente, mas com motorização flex.
Com fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo, a montadora chinesa quer alcançar 50% de nacionalização de sua gama local até 2026.
Bem antes disso, porém, a Great Wall já prepara o lançamento do primeiro carro híbrido flex nacional para o próximo ano.
Pedro Betancourt, diretor da GWM Brasil, disse ao site Automotive Business que haverá um atraso de dois meses no cronograma para início da produção de veículos no interior paulista.
Agora, a data será março de 2023, mas com propulsor híbrido flex importado da China. Contudo, a ideia é nacionalizá-lo até 2026.
Betancourt explicou que o reequipamento da fábrica de Iracemápolis depende da chegada de equipamentos da China, Alemanha e Suíça, mas por conta dos entraves atuais do setor, haverá esse atraso.
O executivo defende ainda que a eletrificação manterá a cadeia de suprimentos de autopeças, vital para manter a produção de automóveis, dado que outros componentes precisam ser comprados deles, tais como bancos, pneus, rodas, para-brisa, porcas, parafusos, etc.
Com investimento superior a R$ 10 bilhões ao longo de dez anos, a Great Wall elevou de R$ 4,7 bilhões para R$ 4,9 bilhões o investimento até 2027, com o restante sendo gasto aqui até 2032.
Betancourt enaltece que a fábrica de Iracemápolis será a primeira totalmente dedicada à produção de carros híbridos ao sul dos EUA, lembrando que Indaiatuba faz também o Corolla 2.0, além do híbrido.
O mesmo em relação às plantas mexicanas, com misto de carros comuns, híbridos e elétricos.
Já em relação ao portfólio, ainda há alguns segredos guardados pela Great Wall, mas já se sabe que apostarão em picapes e SUVs inicialmente, com vários registros no INPI indicando potenciais produtos nacionalizados.
A GWM quer empregar diretamente 2 mil pessoas até 2025 e gerar uma receita de R$ 30 bilhões no Brasil até 2026.
[Fonte: Automotive Business]