Em setembro de 2025, a produção industrial brasileira registrou uma leve queda de 0,4% em relação a agosto, considerando os dados com ajuste sazonal. Já na comparação com setembro de 2024, houve avanço de 2,0%. No acumulado do ano, o setor cresceu 1,0%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento foi de 1,5%.
Na passagem de agosto para setembro, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 segmentos industriais analisados apresentaram retração. Entre as atividades com maior impacto negativo destacam-se produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%). Os produtos farmoquímicos interromperam uma sequência de quatro meses de alta, acumulando anteriormente 28,2% de expansão. As indústrias extrativas ampliaram a queda registrada no mês anterior, enquanto o setor automotivo devolveu parte do crescimento observado entre junho e agosto.
Outros setores que contribuíram negativamente foram confecção de vestuário e acessórios (-2,9%), produtos químicos (-0,4%), produtos diversos (-2,7%) e outros equipamentos de transporte (-1,9%).
Por outro lado, 13 atividades registraram crescimento, com destaque para produtos alimentícios (1,9%), que alcançaram o terceiro mês consecutivo de alta, somando 4,4% no período. Também tiveram desempenho positivo os segmentos de produtos do fumo (19,5%), madeira (5,5%), borracha e material plástico (1,3%), máquinas e equipamentos elétricos (1,7%), manutenção e reparação de máquinas (2,0%), artefatos de couro e calçados (2,3%), bebidas (1,1%) e metalurgia (0,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis apresentaram a maior queda em setembro (-1,4%), interrompendo três meses de crescimento. Bens intermediários (-0,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também recuaram. O segmento de bens de capital foi o único a registrar alta (0,1%), encerrando dois meses de retração.
O índice de média móvel trimestral da indústria geral variou positivamente em 0,1% no trimestre encerrado em setembro, após alta de 0,2% em agosto, que havia interrompido dois meses de queda. Bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e bens intermediários (0,2%) apresentaram desempenho positivo, enquanto bens de capital (-0,6%) e bens de consumo duráveis (-0,3%) recuaram.
Na comparação com setembro de 2024, a produção industrial cresceu 2,0%, com avanço em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 segmentos, 45 dos 80 grupos e 53% dos produtos pesquisados. O mês teve um dia útil a mais em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os principais destaques positivos foram produtos alimentícios (7,1%) e indústrias extrativas (5,2%), impulsionados pelo aumento na produção de sucos de laranja, carnes e açúcar, além de petróleo e minério de ferro. Outros setores com desempenho expressivo foram farmoquímicos e farmacêuticos (10,2%), celulose e papel (5,9%), manutenção de máquinas (12,0%), impressão (26,0%), máquinas e equipamentos (4,7%), têxteis (11,8%), produtos do fumo (35,0%), outros equipamentos de transporte (8,6%) e borracha e plástico (3,1%).
Entre as quedas, coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-7,2%) tiveram o maior impacto negativo, devido à menor produção de etanol, gasolina e betume. Também registraram retração produtos de metal (-4,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,4%) e madeira (-9,5%).
O setor de bens intermediários cresceu 3,4% frente a setembro de 2024, sétima alta consecutiva e a mais forte desde maio. O resultado foi puxado por indústrias extrativas, alimentícios, têxteis, celulose e papel, borracha e plástico, derivados de petróleo, veículos e químicos. Por outro lado, produtos de metal, minerais não metálicos, máquinas e equipamentos e metalurgia apresentaram queda.
Bens de consumo duráveis avançaram 3,3%, revertendo dois meses de retração, impulsionados pela produção de automóveis (4,4%), eletrodomésticos da linha marrom (10,6%), motocicletas (16,0%) e outros eletrodomésticos (11,1%). O principal recuo foi em eletrodomésticos da linha branca (-6,2%).
Bens de capital caíram 1,7%, quarta queda consecutiva, pressionados pela redução na produção de equipamentos de transporte (-9,0%) e bens de capital de uso misto (-8,3%). Por outro lado, houve crescimento em bens de capital agrícolas (13,6%), industriais (3,5%), para energia elétrica (5,4%) e para construção (0,6%).
Bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,8%, sexta queda seguida, influenciados pela menor produção de combustíveis (-17,8%). Alimentos e bebidas para consumo doméstico (5,0%) e não duráveis (5,1%) tiveram alta, assim como semiduráveis (2,1%) e alimentos e bebidas básicos (0,5%).
No acumulado do ano até setembro, a indústria brasileira cresceu 1,0% frente ao mesmo período de 2024, com avanço em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 segmentos, 43 dos 80 grupos e 51,8% dos produtos pesquisados. Os principais motores foram indústrias extrativas (4,1%), máquinas e equipamentos (6,4%), veículos automotores (3,0%) e produtos químicos (2,4%). Destaques também para têxteis (10,8%), manutenção de máquinas (9,3%) e metalurgia (2,7%).
Entre as quedas, coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-4,2%) exerceram a maior pressão negativa, principalmente devido à menor produção de etanol.
No recorte por categoria, bens de consumo duráveis (4,8%) e bens intermediários (2,3%) lideraram o crescimento, impulsionados pela produção de automóveis e petróleo. Bens de consumo semi e não duráveis caíram 2,6%, afetados pela queda na produção de etanol, enquanto bens de capital recuaram 0,2% no acumulado de janeiro a setembro.

















