O Brasil será o primeiro país com mercado automotivo grande a medir as emissões de poluentes do poço à roda, o que ocorrerá entre 2023 e 2027.
Nesse período, o Brasil terá um novo ciclo de medição das emissões de CO2, mas desta vez, desde a origem do insumo até o rendimento do automóvel será analisado pelo governo.
Isso significa que a emissão de CO2 será registrada desde a prospecção do petróleo, incluindo o uso do queimador de gás das plataformas de petróleo, o transporte do óleo bruto até a refinaria e o que o processo de refino emite até ser distribuído e armazenado nos postos de combustíveis.
Também, a partir daí, a emissão de CO2 produzido pelo automóvel ao rodar, será igualmente medido e somado ao da origem até a distribuição do combustível.
A informação partiu de Margarete Gandini, coordenadora geral de implementação e fiscalização de regimes automotivos da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, do Ministério da Economia.
Gandini comentou: “O Brasil será o primeiro grande País a utilizar esse sistema para medir as emissões veiculares. Acompanharemos a pegada de carbono desde a produção do combustível até a emissão no escapamento do veículo”.
Serão analisados desde eficiência veicular energética, passando pela emissões de gases do efeito estufa, com a medição da pegada de carbono do combustível a partir da obtenção de matéria-prima, produção do combustível até sua utilização, descrevendo assim emissões do poço à roda.
Para medir as emissão de gases do efeito estufa, serão usados dados do consumo energético do tanque à roda, enquanto as medições da cadeia da matriz energética serão centradas na intensidade de carbono do combustível.
Com a mesma metodologia para todas as montadoras, o processo objetiva medir o CO2 para que se promova a descarbonização na cadeia energética nacional.
O governo espera que se use mais etanol por parte dos consumidores para que a média de emissão de CO2 caia no país.
Gandini acredita os biocombustíveis ajudarão a reduzir as emissões de gases no Brasil, em especial usando o etanol, mas a coordenadora também vê alternativas para reduzir o impacto ambiental.
Ela disse: “O futuro é verde, essa é uma certeza, mas o tipo de matriz energética será diversificada e o Brasil pode usar suas matrizes limpas no caminho da descarbonização”.
[Fonte: Auto Data]