Os funcionários da Caoa Chery aceitaram uma proposta de indenização em Jacareí, feita para aqueles que concordaram com a demissão.
Coordenada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a assembleia dos funcionários aprovou um novo acordo feito pela montadora.
Segundo a proposta da Caoa Chery, os funcionários serão indenizados entre 9 e 15 salários, com teto salarial de R$ 5.000.
A proposta ainda inclui o pagamento de plano odontológico e convênio médico por 12 meses, assim como vale-alimentação.
Ao todo serão desligados 489 pessoas, permanecendo em torno de 100 pessoas em outras áreas da empresa, como logística, vendas, pós-venda, manutenção e qualidade.
Desse total, parte pertence à CIPA ou possuem alguma estabilidade no emprego, mantendo assim a operação parcial da fábrica de Jacareí, cuja produção foi encerrada.
Por ora, os funcionários demitidos terão preferência numa eventual recontratação, caso a montadora decida pelo retorno da produção em Jacareí.
A previsão dada ao sindicato seria em 2025, após modernização da planta para produção de veículos eletrificados.
No entanto, a Caoa Chery divulga na mídia a produção de carros híbridos em Anápolis-GO, onde o grupo brasileiro divide as instalações com produtos da Hyundai.
Espera-se que a produção local de carros híbridos se inicie logo e todo o portfólio nacional será eletrificado, possivelmente até o final do próximo ano.
A gama híbrida da Caoa Chery será uma resposta às investidas de Greal Wall e BYD, que na mesma época prometem híbridos no mercado nacional e com produção local.
A Great Wall iniciará a produção de híbridos flex já em 2023, enquanto a BYD negocia com o governo da Bahia, parte da fábrica da Ford para fazer carros, possivelmente híbridos.
Essas duas rivais conterrâneas da Caoa Chery têm potencial para atrapalhar a vida da montadora sino-brasileira, que já conseguiu a façanha de estar entre as 10 marcas mais vendidas do país.
[Fonte: Auto Data]