O quase “11 de janeiro” para a Caoa Chery foi marcado por diversas contradições, especialmente entre o anunciado pela montadora e o apurado com o sindicato dos trabalhadores de Jacareí.
A data é uma referência à saída da Ford da produção brasileira após um século e, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a Caoa Chery está mesmo é fechando a fábrica.
Para o sindicato, a Caoa Chery teria dito “que os custos com a importação, e muitas das peças vêm da China, subiram muito. O preço do contêiner subiu de R$ 3 mil para R$ 7 mil”.
A entidade que reúne os funcionários comentou: “falaram em importar o carro completo. Há uma contradição nesse discurso! No caso do Tiggo 3X alegaram que o modelo não teve êxito no mercado, mas não é isso que falam nas propagandas que circula na mídia.”.
Diante disso, o Caoa Chery Tiggo 3x sai de cena com o fim da produção, sendo o crossover baseado no modelo Celer, que gerou o Tiggo 2. De janeiro a abril, o Tiggo 3x vendeu 3.073 unidades, estando assim na média dos modelos Tiggo 5x e do Tiggo 8, com o Tiggo 7 vendendo pouco menos.
Não se sabe qual era a meta de vendas da Caoa Chery, mas a marca alegou elevação dos custos da operação, dizendo ainda que o Arrizo 6 Pro será importado da China, algo que a CAOA vinha evitando desde que assumiu o controle da Chery no país.
A Caoa Chery informou ao sindicato que 50% do pessoal administrativo e todos os funcionários da produção seriam demitidos e que a fábrica ficará sem produzir até 2025, quando surgirá um novo modelo elétrico para ser feito na instalação.
Para a imprensa, a Caoa Chery disse que modernizará a fábrica para fazer carros híbridos e elétricos, bem como faria lançamentos no segundo semestre e eletrificaria o portfólio até o final de 2023.
O sindicato da região diz que lutará contra as demissões e o fechamento da fábrica junto aos governos. A entidade diz ainda que a proposta indenizatória não é suficiente e que não acredita mais nas promessas da empresa.
[Fonte: Auto Data]