CNC anuncia a criação de câmara de mulheres empreendedoras

A criação da Câmara das Mulheres Empreendedoras do Comércio foi o destaque da reunião da Diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada nesta quinta-feira (23), em Brasília (DF). O encontro foi promovido após o encerramento do evento da Agenda Institucional do Sistema Comércio.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, anunciou que o novo colegiado será presidido pela atual coordenadora estadual da Câmara da Mulher Empresária da Fecomércio-BA e vice-presidente da Associação Comercial da Bahia, Rosemma Maluf, e ficará sob o guarda-chuva da coordenação das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços, na pessoa de Luiz Carlos Bohn. Na ocasião, os presidentes das Federações indicaram as integrantes da Câmara de Mulheres.

“A criação da Câmara de Mulheres Empreendedoras é um reconhecimento do Sistema Comércio a todas elas, que ajudam a impulsionar a economia do nosso país e que contribuem sobremaneira para o comércio. E vou além, pois as ações do Sistema Comércio contam com o apoio inestimável das mulheres”, destacou Tadros.

Inflação

O chefe da Divisão de Economia e Inovação (Dein) da CNC, Guilherme Mercês, analisou o cenário econômico e destacou que a inflação seguirá em alta no segundo semestre deste ano. Segundo ele, as expectativas de arrefecimento serão ainda menores, por conta dos impactos da intervenção russa na Ucrânia. As sanções comerciais internacionais que envolvem o conflito seguem afetando o mercado, sobretudo o de petróleo e gás, trigo, milho e minérios.

“A queda da inflação não ocorrerá dentro do ritmo esperado porque, além dos fatores externos, há também os fatores internos, entre os quais destacamos os reajustes salariais acima da inflação, determinados por meio de negociações coletivas. Há também as incertezas provocadas pelas eleições”, afirmou Mercês.

Ele também alertou para as pressões sobre a máquina pública de forma geral e taxas de juros ainda maiores que podem culminar no endividamento público e em recessão da economia. “No Brasil, se consolida o cenário de inflação e juros elevados, o que pode travar o consumo das famílias a partir do segundo semestre”, avaliou.