
Apesar da queda, resultado anual ainda é positivo
Da AutoIndústria
As férias coletivas de 15 dias dividias entre a última semana de junho e a primeira de julho reduziu a oferta interna de motos e contribuiu para a retração de 10,9% nas vendas no mês passado em relação ao anterior. No comparativo do acumulado do ano, no entanto, os números seguem positivos.
Balanço divulgado pela Fenabrave nesta terça-feira, 2, indica o emplacamento de 107.619 motos em julho, volume 10,9% inferior ao de junho (120.867) e 4,4% mais baixo do que o registrado no mesmo mês do ano passado (112.564).
O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta, diz que o resultado reflete exclusivamente a deficiência na disponibilidade de produtos, causada tanto pelas férias coletivas como pela crise de abastecimento global de peças. “A demanda se mantém aquecida, não houve mudança de cenário”, garante o executivo.
Ele comenta, no entanto, que já há uma preocupação no segmento com relação ao crédito: “Atualmente, a aprovação está em um patamar inferior a 30%”. O consorcio, contudo, tem garantido movimento aquecido no setor, com fila de espera de até dois meses para os contemplados nessa modalidade de venda.
No acumulado do ano, as vendas totalizaram 744.311 motos, uma alta de 18,1% sobre as 629.893 unidades licenciadas nos primeiros sete meses do ano passado. A Fenabrave também divulgou o balanço do segmento de motocicletas eletrificadas, que atingiu 524 emplacamentos em julho e 4.119 no ano.
“No acumulado de janeiro a julho, o crescimento supera 470%, na comparação com os primeiros sete meses de 2021. Tem havido um interesse maior pelas motocicletas eletrificadas, mas vale lembrar que o volume destes veículos, em 2022, representa pouco mais de 0,5% do total de motocicletas, à combustão, emplacadas”, explica Andreta Jr.