Ferrari indicou recentemente que não seguirá as rivais Porsche e Lamborghini com seu SUV Purosangue.
Enrico Galliera, chefe de marketing da Ferrari, afirmou: “O Purosangue não representará mais de 20 por cento das vendas da empresa, em média”.
Pode parecer que os entusiastas da Ferrari estão crucificando o Purosangue, mas Galliera disse outra coisa.
“A demanda será um problema para a empresa, embora positivo”, falou o executivo, o que mostra que haverá sim muita gente atrás do Purosangue, mas que a Ferrari colocará um freio no ímpeto do mercado.
Como se sabe, as citadas Porsche e Lamborghini simplesmente dobraram as vendas emplacando carros como Cayenne, Macan e Urus.
A Ferrari não quer isso, pois, foi praticamente obrigada a dispor de um SUV para agradar o mercado.
Não é segredo que, assim como a McLaren, a Ferrari nunca gostou da ideia de ter um “SUV” sob sua marca.
Certamente, se estivesse vivo hoje, Enzo Ferrari teria dito um belo “não” para a ideia de algo assim, mas se até a Rolls-Royce desceu do salto, então é o caminho a seguir.
De qualquer forma, o maior temor da Ferrari para algo assim foi pelo ralo na última quarta-feira, quando apresentou o Purosangue ao seleto grupo de clientes importantes.
Galliera mencionou que “a reação foi esmagadora” e que a maioria dos leais à Ferrari quer comprar o Purosangue, o que deve elevar a carteira de pedidos.
Só que o entusiasmo para na estratégia atual da marca, capitaneada por Benedetto Vigna, que afirmou: “Não queremos dobrar nossos volumes”.
Isso significa que as vendas com o Purosangue devem alcançar 13,3 mil com base nos números de 2021, com o SUV emplacando na casa de 2,2 mil unidades.
Essa projeção está bem distante da realidade da Porsche, por exemplo, que vendeu mais de 301 mil carros em 2021 contra 11,1 mil da Ferrari e com 57% de participação de Cayenne e Macan.
[Fonte: ANE]