O Renault Kwid E-Tech é a proposta de carro elétrico da marca francesa para atuar no mercado nacional com preço sugerido de R$ 142.990.
Como você já sabe, o pequenino é importado da China, de onde sai para abastecer também a Dacia na Europa, onde é vendido como Spring.
Aqui, o K-ZE chinês assume a designação E-Tech da Renault, já usada pela marca na Europa.
Com visual diferenciado, o hatch subcompacto chega com propulsão elétrica e autonomia suficiente para seu habitat, ou seja, a cidade.
Oferecendo autonomia de 298 km na cidade, o Kwid E-Tech tem motor elétrico de 65 cavalos e bateria de lítio de 26,8 kWh com recarga de 100% em até 9 horas na tomada de 220V, em tomada aterrada.
Num carregador Wallbox, são quase 3 horas para recarga e apenas 40 minutos numa estação de 7 kW em corrente alternada.
Sendo basicamente o mesmo carro vendido aqui, no entanto, o Renault Kwid E-Tech apresenta alguns detalhes próprios, que chamam atenção.
Além disso, o carrinho da Renault chega para reforçar a proposta de mobilidade da marca, sendo oferecido também como carro de assinatura.
Conhecemos o Kwid E-Tech no Kartódromo Aldeia da Serra, em Barueri, Grande São Paulo, e pudemos experimentar um pouco de seu desempenho e conhecer seus detalhes.
Renault Kwid E-Tech – Impressões visuais
O Renault Kwid E-Tech tem um visual ligeiramente diferenciado em comparação com o Kwid nacional.
Na frente, a grade com acabamento em preto brilhante sustenta frisos cromados e a tampa dos conectores para recarga, sendo estes de dois tipos, com 2 e 5 pinos.
Pequenos filetes em um tom de marrom chamam atenção na pintura verde, enquanto faróis duplos e luzes diurnas em LED são os mesmos vistos por aqui.
Com retrovisores em preto brilhante, o Renault Kwid E-Tech tem ainda rodas de liga leve aro 14 polegadas escurecidas, que ajudam a compor o visual descolado.
As portas apresentam grafismos e a cor já citada como destaque, enquanto o teto carrega duas barras longitudinais personalizadas.
Já na traseiras, a tampa do bagageiro sustenta o nome “E-Kwid” que não é adotado de fato pela marca, causando estranheza.
No para-choque, um aplique cinza na parte inferior tem a luz auxiliar de freio embutida.
As lanternas, como aqui, possuem assinatura em LED, fechando assim o visual do Kwid E-Tech.
Ficamos curiosos em relação à bateria e sob o carro, ela ocupa um pequeno espaço perto do eixo traseiro, sob o assoalho.
Existem duas barras para sustentar e proteger as células de 26,8 kWh, o que é bom, apesar da boa altura da suspensão.
Por dentro, o ambiente é o mesmo do Kwid nacional, mas os diferenciais se apresentam facilmente.
O novo volante, o mesmo usado pelo Duster, apresenta piloto automático e comando para o Bluetooth.
Não há comando de mídia na coluna de direção, como o modelo paranaense, mas a multimídia segue o padrão nacional com Android Auto e CarPlay, mas sem scores de eficiência ou dicas de economia.
O display tem câmera de ré, que fica no centro do losango da Renault na tampa traseira.
Já o cluster digital segue o padrão de estilo do Kwid brasileiro, mas com dados de performance elétrica, posições de marcha e nível da bateria.
O Kwid E-Tech tem ajuste de altura dos faróis por um botão que enrola um cabo, enquanto os vidros traseiros são elétricos, mas sem comandos na frente, que continua a ter botões ao centro.
Neste Kwid, o botão de marchas com D, N e R se destaca no ambiente. Atrás, o espaço é pequeno e apenas para duas pessoas legalmente, pois, não tem cinto central.
Já o porta-malas de 290 litros não difere do brasileiro, tendo estepe sob o assoalho e agora um carregador portátil com um útil plugue com pino de 10 amperes, que se conecta em qualquer tomada moderna.
Renault Kwid E-Tech – Impressões ao dirigir
O Renault Kwid E-Tech estava fora de seu ambiente proposto, mas mesmo assim, foi possível ter uma boa experiência com esta proposta elétrica da marca.
Bem diferente do Zoe, o Kwid elétrico se apresenta como um meio de transporte interessante.
Seu pequeno motor elétrico de 65 cavalos garante boas arrancadas, com a Renault divulgando 0 a 50 km/h em 4,1 segundos.
Contudo, mantendo-se o pé, logo o medidor aponta o nível “Power” preenchido, indicando a limitação proposital de performance.
Isso, no entanto, não impede que ele alcance 100 km/h, sua velocidade final e esperada para uma proposta como essa.
Bem imediato nas respostas em baixa velocidade, o Renault Kwid E-Tech também garante bom nível de ruído a bordo, graças ao propulsor elétrico.
Longe do ruidoso 1.0 SCe do modelo nacional, o elétrico chinês não é totalmente isento de barulho.
Em realidade, ele tem uma função chamada AVAS (Acoustic Vehicle Alert System) que produz um alerta sonoro para pedestres até 30 km/h.
Isso é obrigatório em carros elétricos e ajuda os transeuntes a perceber a presença do carrinho, que só produziria o ruído dos pneus no asfalto.
Assim como o Kwid nacional, o elétrico importado tem suspensão macia e sua estabilidade não é das melhores, mas suficiente para a cidade e seu trânsito normalmente lento.
Ele tem ainda controle de tração e estabilidade, assim como assistente de rampa, o que é um adicional importante.
Os pneus 175/70 R14 deveriam ajudar mais, mas a calibração é feita para suportar a buraqueira nacional. Bem, isso veremos numa Avaliação NA.
Rápido tanto para frente quanto na ré, o Kwid E-Tech tem direção bem leve (elétrica) e freios condizentes com sua missão urbana.
Para economizar energia, pode-se usar o modo Eco, que reduz a potência para 45 cavalos, o que é pouco, mas suficiente na impressão que tivemos.
A mudança no desempenho é perceptível, mas ainda assim, as saídas foram satisfatórias.
Em resumo, nessa primeira impressão em pista fechada, o Renault Kwid E-Tech se mostrou um carro urbano e elétrico aceitável, ainda que seu preço seja o dobro daquele encontrado no modelo nacional.
Como sabemos que os carros elétricos são caros, a aposta como segundo veículo é uma opção, porém, apenas para quem realmente pode dispor disso.
Renault Kwid E-Tech – Galeria de fotos
Evento a convite da Renault.