Segurança: Índia quer um NCAP para carros nacionais

kia carens global india

Lembra do “bateu, morreu”? Antigamente, de modo quase geral, os carros chineses eram os vilões dos testes de segurança, com resultados catastróficos em colisões simuladas.

No entanto, os fabricantes do gigante asiático rapidamente assimilaram a coisa e hoje as 5 estrelas no C-NCAP são quase comuns, ainda que existam “coisas sobre rodas” que façam os chineses recordarem do passado recente…

Na Índia, contudo, a questão sempre foi um problema, visto que o mercado local é extremamente sensível aos preços e o custo dos carros exige que sejam os mais baixos possíveis.

Dessa forma, vários fabricantes podaram a segurança dos carros em prol do preço, com airbag apenas para o motorista, em padrão recente, assim como carrocerias muito fracas.

Para mudar a realidade do produto para os indianos, ainda que muitos projetos sejam globais e atendam estruturalmente as exigências internacionais, a Índia não tem um NCAP mais criterioso.

Os carros locais são avaliados pelo Global NCAP, que usa parâmetros rigorosos, mas ao nível nacional, a Índia não tem critérios mais específicos.

Um exemplo recente é do Kia Carens feito na Índia, que levou 3 estrelas no Global NCAP, porém, sua carroceria teve a coluna A do motorista dobrada no impacto…

Por isso, o governo quer um “Bharat-NCAP” para classificar a segurança dos carros produzidos e vendidos localmente, assim como aumentará a exigência de segurança.

Nova Déli propôs recentemente que os carros feitos no país tenham seis airbags de fábrica, o que contrariou totalmente os fabricantes, que alegaram aumento nos custos e nos preços.

Quinto maior mercado de automóveis do mundo, a Índia consome anualmente 3 milhões de carros, tendo deixado o Brasil para trás há algum tempo.

O país também é um dos maiores exportadores de carros, atingindo mercados que vão dos EUA e Europa à Austrália e Sudeste Asiático.

A iniciativa deve tornar os carros locais mais seguros, ainda que, infelizmente, o consumidor tenha que pagar o preço da mudança.

[Fonte: Business Today]