Vendas de veículos, motos e peças registram queda de 4,1% em junho

De acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista sofreu  queda de 1,4% no volume de vendas, na passagem de maio para junho. Esta é a segunda redução seguida no setor, que, com isso, acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior.

De acordo com o instituto, o resultado de junho é o pior desde dezembro, quando as vendas registraram queda de 2,9% na comparação mensal. No acumulado do ano, houve alta de 1,4% frente ao mesmo período de 2021. Já nos últimos 12 meses, a perda foi de 0,9%. Na comparação com junho do ano passado, a queda foi de 0,3%.

Por outro lado, a receita nominal apresenta alta em todas as comparações. De maio para junho subiu 0,2%, em relação ao mesmo período de 2021 a alta é de 17,1%, o acumulado de 2022 é de 16,9% e no acumulado de 12 meses a receita nominal do comércio subiu 13,5%.

A retração nas vendas no mês ocorreu em sete das oito atividades analisadas. As maiores influências foram nos setores de tecidos, vestuário e calçados (-5,4%) e em hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%). Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram queda de 3,8% e Combustíveis e lubrificantes caíram 1,1%.

o comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, teve queda nas vendas de 2,3% na passagem de maio para junho. A retração foi de 4,1% no setor de veículos e motos, partes e peças e de 1,0% em material de construção.

Nos acumulados, o segmento de veículos e motos, partes e peças teve crescimento de 0,4% no semestre e 3,0% em 12 meses. Material de construção registrou queda de 7,3% de janeiro a junho de 2022 e acumula perda de 7,7% em 12 meses. Considerando o varejo ampliado, houve aumento de 0,3% no semestre e queda de 0,8% em 12 meses.

Na receita nominal, o varejo ampliado registrou queda de 0,9% na comparação mensal, com retração de 3,2% em veículos e motos, partes e peças e de 0,2% em material de construção.

No primeiro semestre, veículos e motos, partes e peças cresceram 17,4% em receita e material de construção subiu 6,6%, somando 15,9% de aumento no varejo ampliado. Em 12 meses, os avanços nas receitas foram de 19,3%, 10,2% e 14,2%, respectivamente.