A Volkswagen deu férias coletivas para 3.000 funcionários na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista.
Com 10 dias de período, as férias coletivas atingirão a produção dos modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.
O motivo é a falta de semicondutores que atinge o setor automotivo mundial e que novamente afeta a produção na histórica planta paulista.
A paralisação ocorrerá entre 27 de junho e 7 de julho, sendo a segunda este ano, visto que em maio, a VW colocou 2,5 mil funcionários em férias coletivas.
Com 8,2 mil funcionários, sendo 4,5 mil na linha de produção, a fábrica é a maior da Volkswagen no Brasil e tem um complexo verdadeiramente grande na região.
José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, coordenador do sindicato, comentou sobre a crise em comunicado: “Este é um problema que vem afligindo não só a indústria automobilística”.
Nogueira da Silva, continuou: “Toda a indústria nacional vem sendo impactada. A falta de política industrial e de desenvolvimento no país tem causado a desestruturação da cadeia produtiva nacional”.
A Volkswagen já teve a produção afetada no Brasil em todas as plantas, sendo a de Taubaté a mais afetada.
O setor automotivo nacional é igualmente atingido pela crise dos chips, com a paralisação ou redução do ritmo de produção, assim como o atraso para o lançamento de produtos.
Todas as montadoras foram afetadas de uma forma ou de outra, chegando mesmo a crise a mudar até mesmo a composição das versões dos carros.
Nesse caso, a ausência de componentes tecnológicos, como multimídia, conexão com internet, cluster digital, entre outros, retirados para que a produção pudesse fluir.
Em 2022, as montadoras deixaram de produzir 150.000 carros e 500.000 carros desde o início da crise.
No mundo, milhões de carros deixaram de ser feitos e o prejuízo é bilionário. Atualmente, os fabricantes estão buscando localizar a produção de chips.
[Fonte: Automotive Business]